Benny Gantz: candidato de chapa que ficou em segundo lugar nas eleições recebeu missão de formar governo (Amir Levy/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de novembro de 2019 às 09h24.
Última atualização em 1 de novembro de 2019 às 10h12.
São Paulo — O ex-general Benny Gantz, que comanda o Partido Azul e Branco e é opositor do premiê Binyamin Netanyahu, protagonizou ontem um momento raro na política israelense ao lado de quatro líderes da Lista Árabe Unida. Eles se reuniram para discutir uma aliança para formar um novo governo em Israel.
Após a reunião, Gantz emitiu uma declaração conjunta com Ayman Odeh e Ahmad Tibi, afirmando que o encontro foi "cordial" e importante para discutir "assuntos fundamentais para a comunidade árabe de Israel" - segundo o ex-general, muitos problemas dizem respeito a questões civis, que são simples de resolver.
As eleições de setembro terminaram sem um vencedor claro. Netanyahu, que foi o primeiro a tentar formar um governo, desistiu da tarefa, que foi repassada para Gantz. Se o ex-general não conseguir apoio, Israel terá uma terceira eleição em menos de 12 meses.
O encontro de Gantz com os árabes, no entanto, pode ter tornado seu trabalho mais difícil. O ex-chanceler Avigdor Lieberman, líder do Partido Yisrael Beiteinu, que tem oito deputados que podem decidir a formação do próximo governo, criticou o ex-general e a Lista Árabe Unida, a quem ele chama de "Quinta Coluna". Lieberman rejeita entrar em um gabinete que tenha ministros árabes.