Foto de família de ministros do Clima, Energia e Meio Ambiente do G7 reunidos em Venaria Reale, perto de Turim (Itália), em 29 de abril de 2024 (AFP Photo)
Agência de Notícias
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 13h50.
Última atualização em 23 de outubro de 2024 às 13h55.
O G7 fechou nesta quarta-feira um acordo para distribuir US$ 50 bilhões em empréstimos à Ucrânia, garantidos por juros obtidos sobre ativos russos congelados na Europa, segundo informou hoje a Casa Branca.
Após meses de negociações, os membros do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) finalizaram os detalhes que permitirão a utilização de bilhões de dólares congelados da Rússia por sua invasão da Ucrânia para garantir empréstimos destinados a apoiar o governo de Kiev.
O conselheiro adjunto de Segurança Nacional para Assuntos Econômicos da Casa Branca, Daleep Singh, garantiu em uma conversa por telefone com a imprensa que os EUA facilitarão dois grandes empréstimos no valor de US$ 20 bilhões garantidos por estes fundos russos, enquanto os outros US$ 30 bilhões serão emitidos por União Europeia, Reino Unido, Canadá e Japão.
"Os EUA fornecerão 20 bilhões em apoio à Ucrânia e à sua defesa, quer seja apoio econômico e militar, quer seja, em última análise, apenas uma assistência econômica", explicou Singh, que esclareceu que a ajuda militar só poderá se materializar se receber o apoio do Congresso.
O objetivo da Casa Branca é atribuir cerca de US$ 10 bilhões em nova ajuda militar à Ucrânia, que seriam adicionados ao pacote de US$ 61 bilhões aprovado recentemente pelo Congresso dos EUA.
"Os ativos que utilizamos para pagar esses empréstimos não pertencem à Rússia sob o abrigo da legislação europeia. Os juros não pertencem à Rússia", disse Singh.
O acordo, que foi antecipado em junho, utiliza juros acumulados sobre US$ 260 bilhões em ativos russos na União Europeia para garantir o reembolso de empréstimos à Ucrânia.