O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron: "deveríamos debater se expulsamos ou não a Rússia de forma permanente do G8" (Jason Alden/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2014 às 11h03.
Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse nesta quarta-feira que a expulsão da Rússia do G8 será analisada na cúpula do G7, programada para a próxima segunda-feira em Haia (Holanda) para discutir a crise da Ucrânia.
"Acho que deveríamos debater se expulsamos ou não a Rússia de forma permanente do G8, caso se tomem mais medidas", afirmou Cameron na Câmara dos Comuns.
"É importante que atuemos junto com nossos aliados e parceiros", disse Cameron sobre a cúpula de Haia, convocada ontem em caráter de urgência pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Ao ser perguntado pelo líder opositor trabalhista, Ed Miliband, sobre a presença da Rússia no Grupo dos Oito, o "premier" conservador qualificou de "impensável que o G8 continue como estava planejado" e lembrou que o Reino Unido foi um dos primeiros países que suspenderam os preparativos para a próxima cúpula do grupo de nações, prevista para Sochi (Rússia).
"Acho que deveríamos responder ao fato desta anexação (da Crimeia). Dissemos que, se ocorressem mais medidas para desestabilizar a Ucrânia, e a anexação é isso, teria que haver mais consequências", argumentou.
O primeiro-ministro do Reino Unido afirmou ainda que na cúpula da União Europeia que será realizada amanhã em Bruxelas, é "preciso deixar claro e enviar um aviso de que se ocorrerem mais desestabilizações, como entrar no leste da Ucrânia de qualquer forma, deve-se avançar nas sanções econômicas".
"Se deixamos de lado esta crise e não atuamos, pagaremos um alto preço a longo prazo", disse Cameron.
O G8 é integrado pelos países que do G7 (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Canadá e Japão) mais a Rússia, que neste ano desempenha a presidência temporária do grupo.
*Atualizada às 11h03 do dia 19/03/2014