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G7 critica governo Maduro por retirar convite à UE para observar eleições presidenciais

Em maio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha chavista, anunciou a decisão de excluir a missão de observação europeia do processo eleitoral de julho

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Agência de notícias

Publicado em 15 de junho de 2024 às 13h37.

Os países do G7 criticaram, nesta sexta-feira, 14, a Venezuela por ter retirado seu convite à União Europeia (UE) para observar as presidenciais de 28 de julho e pediram  garantias aos direitos da oposição, segundo um esboço da declaração final da cúpula anual do grupo, realizada na Itália. 

"Estamos profundamente preocupados (...) em relação aos direitos da oposição dentro do processo eleitoral e a decisão de retirar o convite para uma missão de observação eleitoral da UE", diz o G7 no documento, ao qual a AFP teve acesso.

A declaração foi criticada pela chancelaria da Venezuela, embora tenha sido apoiada pela principal líder opositora, María Corina Machado, que não poderá disputar as eleições devido a uma inabilitação, mas usa sua popularidade para apoiar seu substituto, o diplomata Edmundo González.

"O imperialismo decadente nunca teve liderança tão pobre e ridícula quanto a que o G7 exibe hoje. Rejeitados por seus próprios povos, pretendem recorrer a práticas coloniais e se intrometer em assuntos que não lhe diz respeito", escreveu o chanceler venezuelano, Yván Gil, na rede social X.

Enquanto isso, Machado agradeceu ao grupo das sete maiores economias do planeta por seu "apoio inequívoco à democracia e às eleições livres e justas" na Venezuela.

Em maio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), de linha chavista, anunciou a decisão de excluir a missão de observação europeia do processo eleitoral de julho, no qual o presidente Nicolás Maduro tentará um terceiro mandato.

A decisão do CNE foi adotada depois que o bloco europeu ratificou sanções individuais contra cerca de 50 integrantes do órgão, que denunciou uma "atitude hostil".

O G7, que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e o Reino Unido, também pediu que a Venezuela garanta "eleições competitivas e inclusivas", assim como o "fim do assédio aos membros da oposição e a libertação imediata de todos os presos políticos".

Chefes de Estado e governo participam da cúpula anual do G7 em Brgo Egnazia, um resort de luxo na região de Apúlia, no sul da Itália.

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