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Futuro premiê da Espanha defende mais poder do país na UE

Rajoy garantiu-lhes seu compromisso contra o déficit excessivo e que a Espanha estará em primeira linha da UE 'trabalhando, opinando e existindo'

O novo presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, herda um déficit menor
 (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

O novo presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, herda um déficit menor (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 20h31.

Marselha - O futuro presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, defendeu nesta quinta-feira que o país tenha um papel-chave na União Europeia (UE) e, nessa linha, pediu que seja uma das nações que, junto à Alemanha, França e Itália, possua o poder de bloquear o Mecanismo Europeu de Estabilidade.

As fontes do Partido Popular (PP), legenda liderada por Rajoy, disseram que sua posição foi transmitida aos líderes europeus com os quais conversou sobre este assunto na cúpula do Partido Popular Europeu, realizada nesta semana na cidade francesa de Marselha, onde se reuniu com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy.

Rajoy garantiu-lhes seu compromisso contra o déficit excessivo e que a Espanha estará em primeira linha da UE 'trabalhando, opinando e existindo'.

Em seu discurso no plenário da cúpula do PPE, Rajoy prometeu dar seu apoio a uma reforma do Tratado europeu que garanta o rigor orçamentário.

Também pediu ativar 'sem mais demora' todos os recursos disponíveis 'para conter a hemorragia da dívida soberana'.

O próximo presidente do governo insistiu em reivindicar um papel ativo da Espanha no futuro da UE. Segundo as fontes do PP, ele fez um pedido expresso ao ainda presidente do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, para que o formule no decisivo Conselho Europeu que começa nesta quinta em Bruxelas e vai até esta sexta.

O pedido é para que a cota mínima de contribuição dos países com poder de veto no antigo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), agora substituído pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), seja reduzida de 15% para 10%


Atualmente, apenas Alemanha, França e Itália dão contribuições acima de 15% ao Banco Central Europeu (BCE) e, por isso, tem poder de bloqueio de propostas. Se o patamar for reduzido para a cota de 10%, a Espanha (que tem cota de 11,9%) também teria poder de veto no ESM.

Em seu discurso perante a cúpula do PPE, Rajoy defendeu que os parceiros europeus iniciem uma série de ajustes orçamentários, eliminem despesas improdutivas e desenvolvam planos fiscais de longo prazo. 

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