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Furacão Sandy deixa 8,1 milhões de casas sem energia nos EUA

Cerca de um quarto das residências e estabelecimentos comerciais da cidade de Nova York estavam sem energia havia 15 horas depois que o Furacão Sandy passou pela costa

Destruição causada pela supertempestade Sandy em Nova York
 (Andrew Burton/Getty Images/AFP)

Destruição causada pela supertempestade Sandy em Nova York (Andrew Burton/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2012 às 15h45.

Nova York  - Mais de 8,1 milhões de residências e estabelecimentos comerciais norte-americanos estavam sem energia na terça-feira, depois que o furacão Sandy derrubou linhas de energia, inundou redes elétricas e provocou uma explosão na subestação da Consolidated Edison no East River, de Manhattan.

Cerca de um quarto das residências e estabelecimentos comerciais da cidade de Nova York estavam sem energia havia 15 horas depois que o Furacão Sandy passou pela costa, acompanhado por um aumento da maré de quase 4,2 metros, inundando túneis do metrô e da malha rodoviária.

A Con Edison advertiu que partes de Nova York poderão ficar sem energia por mais de uma semana. O prefeito Michael Bloomberg disse em uma entrevista coletiva que é improvável que o metrô volte a funcionar antes de quatro ou cinco dias.

Os fornecedores de energia relataram apagões em todos os Estados, indo da Carolina do Norte até a fronteira do Canadá e chegando, no interior, a Ohio e Indiana. Nova Jersey foi o Estado mais duramente afetado, com os apagões atingindo 62 por cento dos clientes. Sete Estados tinham um quinto ou mais de todos os clientes sem energia.


Às 13h (no horário de Brasília), a falta de energia nos EUA atingia mais de 8,1 milhões, de acordo com o Departamento de Energia, e se aproximava ao pico de 8,4 milhões registrado durante o Furacão Irene, no ano passado.

Os números englobam residências e estabelecimentos comerciais, o que indica que o número de pessoas afetadas será bem maior.

"Este é o maior apagão relacionado a tempestade de nossa história", disse John Miksad, vice-presidente para operações elétricas da Con Edison.

Uma explosão em uma subestação do East River, em Manhattan, na noite de segunda-feira contribuiu para a ocorrência dos cortes de energia, e pode complicar os esforços para restaurar o fornecimento elétrico. Grandes partes da ilha abaixo da 39th Street - ao sul da Times Square - estão sem energia.

A Con Edison disse aos clientes via Twitter que as áreas mais afetadas poderão ficar mais de uma semana sem energia. Um total de 787 mil residências e estabelecimentos residenciais estavam sem energia em Nova York e em Westchester como um todo, de um total de 3 milhões de clientes da Con Edison.

Nova Jersey - Em Nova Jersey, 62 por cento das residências estavam sem energia, de acordo com a DOE. A agência de Nova Jersey Public Service Electric and Gas (PSE&G) informou em um tweet que essa foi a "maior tempestade da história da PSE&G". A empresa pediu que os clientes sejam pacientes, pois a inundação "sem precedentes" ameaçava deixar as casas sem força durante dias.

Pensilvânia, Rhode Island, Nova Hampshire, West Virginia, Nova York, Nova Jersey e Connecticut tiveram apagões afetando 20 por cento ou mais dos clientes, de acordo com a DOE.

Uma companhia previu que as perdas econômicas poderiam chegar a 20 bilhões de dólares em todo país -- apenas metade estava assegurada.

A Long Island Power Authority (LIPA), de propriedade do Estado, foi uma das agências mais atingidas, com 85 por cento de seus 1,1 milhão de clientes em Nova York sem energia. Ela informou que poderá levar entre sete a 10 dias para que todos os clientes voltem a ter energia.

O site da Connecticut Light and Power informou que 38 por cento de seus clientes estavam sem energia.

Os fornecedores de energia enfatizaram que os clientes devem manter distância das linhas de energia derrubadas. Uma mulher na cidade de Nova York morreu depois de pisar em uma poça eletrificada.

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