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Furacão Fiona causa destruição na costa leste do Canadá e deixa 500 mil lares sem luz

Segundo autoridades canadenses, Fiona, rebaixado a tempestade pós-tropical, ainda provocava ventos sustentados de 120 km/h às 17h GMT e se deslocava a uma velocidade de 37 km/h para nordeste

Furacão Fiona, em 23 de setembro de 2022, às 11h (horário de Brasília) (AFP/AFP)

Furacão Fiona, em 23 de setembro de 2022, às 11h (horário de Brasília) (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 24 de setembro de 2022 às 19h45.

O furacão Fiona atingiu com força a costa leste do Canadá neste sábado, deixando 500.000 lares sem luz. Árvores arrancadas, casas destruídas, linhas elétricas danificadas."Fiona veio e deixou a sua marca na Nova Escócia e nas províncias vizinhas", disse o chefe de governo dessa região, Tim Houston, em entrevista coletiva concedida na tarde deste sábado. "Isso não terminou."

As rajadas de vento violentas devem persistir até a noite, segundo o meteorologista Bob Robichaud. Ele observou, no entanto, que "as condições devem melhorar gradualmente nas próximas três a seis horas".

Segundo autoridades canadenses, Fiona, rebaixado a tempestade pós-tropical, ainda provocava ventos sustentados de 120 km/h às 17h GMT e se deslocava a uma velocidade de 37 km/h para nordeste.

"Grandes ondas atingiram a costa leste da Nova Escócia e o sudoeste da Terra Nova, e podem ultrapassar 12 metros", observaram as autoridades. Duas mulheres foram levadas em Channel-Port aux Basques, na província de Newfoundland, de acordo com um porta-voz da polícia. Uma das duas vítimas, arrastada após o desabamento de sua casa, foi socorrida e hospitalizada, e a outra continua desaparecida.

'Estamos com vocês'

"Estou pensando em todos os afetados pelo furacão Fiona. Saibam que estamos com vocês", tuitou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciando que as autoridades federais estavam prontas "para proporcionar recursos adicionais às províncias".

"Nunca havíamos visto condições climáticas como essa", tuitou a polícia de Charlottetown, na Ilha do Príncipe Edward. "É inacreditável. Não tem eletricidade, não tem wifi, não tem rede", confirmou o prefeito da cidade, Philip Brown, em entrevista ao canal público Rádio-Canadá. "Muitas árvores caíram, há muitas inundações nas estradas", acrescentou.

A operadora Nova Scotia Power, que abastece a província de Nova Escócia, impactada por Fiona, relatou mais de 384.000 clientes sem energia por volta das 17h30 GMT. Nas outras duas províncias mais afetadas, a Ilha do Príncipe Edward e New Brunswick, as operadoras reportaram 82.000 e 44.000 residências sem energia, respectivamente.

'Nada grave' nas Bermudas

Fiona passou ontem como furacão de categoria 4 (da escala que vai até 5 de Saffir-Simpson), a cerca de 160 quilômetros a oeste das Bermudas, depois de deixar um rastro de destruição no Caribe. Com rajadas de até 160 km/h e fortes chuvas sobre este território britânico de 64.000 habitantes, Fiona não deixou vítimas, nem danos graves.

De acordo com a operadora de energia Belco, 15.000 de 36.000 lares ficaram sem energia ontem à tarde. Em muitas áreas, acrescenta a empresa, a luz foi restabelecida rapidamente.

Moradores publicaram nas redes sociais fotos de linhas de transmissão de energia derrubadas e algumas inundações.

Fiona matou quatro pessoas em Porto Rico no início desta semana, segundo a imprensa americana, enquanto uma morte foi relatada no departamento ultramarino francês de Guadalupe, e duas, na República Dominicana.

Em Porto Rico, que ainda tenta se recuperar da devastação causada pelo furacão María, há cinco anos, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou estado de emergência. Além disso, a Fema, a agência federal para gestão de desastres dos Estados Unidos, planeja enviar mais centenas de membros de seu pessoal para a ilha, que sofreu apagões, deslizamentos de terra e inundações.

Na República Dominicana, o presidente Luis Abinader declarou estado de desastre natural em três províncias do leste do território.

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