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Funeral de rabino atrai 700 mil em Israel

Rabino Ovadia Yosef, um influente religioso sefardita, morreu nesta segunda-feira aos 93 anos

Cerca de 700 mil admiradores do rabino Ovadia Yosef participaram em Jerusalém do cortejo fúnebre desse influente religioso, morto na segunda-feira aos 93 anos (Ronen Zvulun/Reuters)

Cerca de 700 mil admiradores do rabino Ovadia Yosef participaram em Jerusalém do cortejo fúnebre desse influente religioso, morto na segunda-feira aos 93 anos (Ronen Zvulun/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 21h28.

Jerusalém - Cerca de 700 mil admiradores do rabino Ovadia Yosef participaram em Jerusalém do cortejo fúnebre desse influente religioso sefardita, morto na segunda-feira aos 93 anos.

O chefe de polícia Micky Rosenfeld disse que esse foi o maior cortejo fúnebre já ocorrido na cidade sagrada. As ruas ficaram tomadas por um mar de religiosos ortodoxos vestindo casacos e chapéus pretos. A multidão era tão grande que o veículo que levava o caixão levou horas para conseguir chegar ao cemitério.

Yosef era chamado de "o aiatolá de Israel" por seus críticos, que viam características racistas em muitos dos seus discursos - como ao comparar os palestinos a víboras, ou dizer que Deus pôs os gentios na Terra para que servissem aos judeus.

Por intermédio do partido Shas (Guardiães da Torá Sefardita), que ele fundou no começo da década de 1980, Yosef exerceu uma influência política ímpar em Israel a partir do seu modesto apartamento de Jerusalém. No auge do seu poder, o Shas serviu como fiel da balança na política israelense, capaz de formar ou desfazer coalizões de governo.

O rabino e teólogo, nascido no Iraque, falava hebraico com forte sotaque árabe, o que às vezes tornava difícil a compreensão, mas não impedia que seus seguidores acatassem seus pronunciamentos como se fossem mandamentos divinos. Yosef costumava ser visto com túnicas douradas e turbante.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse em nota que "o povo de Israel perdeu um dos mais sábios de uma geração". "O rabino foi um gigante na Torá e na lei judaica, e um mentor de dezenas de milhares", acrescentou.

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