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Funeral de George Floyd deve reunir milhares de pessoas nos Estados Unidos

Corpo do americano morto pela polícia será velado nesta segunda-feira, e a família de Floyd receberá a visita do pré-candidato à presidência Joe Biden

A cerimônia em Houston será o terceiro e último velório de George Floyd (Jeenah Moon/Reuters)

A cerimônia em Houston será o terceiro e último velório de George Floyd (Jeenah Moon/Reuters)

FS

Filipe Serrano

Publicado em 8 de junho de 2020 às 06h42.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 15h33.

Depois de um fim de semana marcado por protestos contra o racismo em diversas cidades nos Estados Unidos e no mundo, nesta segunda-feira milhares de americanos devem participar da despedida final de George Floyd. O corpo do americano que foi morto pela polícia em Minneapolis no dia 25 de maio será velado hoje em uma cerimônia aberta ao público em Houston, no Texas, cidade onde ele cresceu e passou boa parte da vida.

Também nesta segunda-feira, o pré-candidato à presidência, Joe Biden, fará uma rara viagem em meio à pandemia para se encontrar com a família de Floyd. Ele deve gravar um vídeo para a família em homenagem ao americano vítima da violência policial. Com a nomeação pelo Partido Democrata praticamente assegurada, Biden deverá ser o adversário do presidente Donald Trump nas eleições presidenciais em novembro. Ele conta com o apoio do eleitorado negro por causa do seu histórico político e por ter sido vice-presidente no governo de Barack Obama. Com 77 anos, Biden tem evitado os eventos públicos e as viagens pelo país desde o início da pandemia.

A cerimônia em Houston será o terceiro e último velório de George Floyd. Antes, seu corpo já havia passado por Minneapolis, onde ele vivia, e pela Carolina do Norte, onde ele nasceu. Depois da solenidade de hoje, Floyd será enterrado em um cemitério ao lado da mãe em um evento fechado para a família, na manhã de terça-feira, também em Houston.

George Floyd, 46 anos, tinha cinco filhos e vivia em Minneapolis desde 2014. Ele trabalhava como segurança em um restaurante até ser demitido por causa da crise causada pela pandemia do novo coronavírus. No dia 25 de maio, ele foi morto brutalmente em uma abordagem policial depois de o vendedor de uma loja chamar a polícia e acusar Floyd de ter comprado cigarros com uma nota falsa de 20 dólares. Na abordagem, o policial Derek Chauvin algemou e imobilizou Floyd pressionando o joelho contra o seu pescoço durante nove minutos, matando-o asfixiado.

O caso levou a uma onda de protestos nos Estados Unidos contra o racismo e a violência policial. Ontem, completaram-se 13 dias seguidos de manifestações nas ruas de diversas cidades americanas, incluindo em Nova York e na capital Washington, onde os manifestantes ocuparam a avenida que dá acesso à Casa Branca. A mobilização levou a um amplo debate sobre o racismo e o tratamento aos negros em todo o mundo. É um movimento que seguirá relevância e importância, mesmo depois da despedida de George Floyd nesta semana.

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