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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Brasília - Os fundos de pensão, principalmente de estatais federais deverão ficar com mais de 10% de participação na Sociedade de Propósito Específico (SPE), que será formada pelo consórcio Norte Energia, vencedor do leilão da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). A informação é de uma fonte que acompanha de perto a negociação para a formação da empresa que vai construir e administrar a empresa.
Entre esses fundos, segundo a fonte, estão a Previ (do Banco do Brasil), Petrus (da Petrobrás) e Funcef ( da Caixa Econômica Federal).
O consórcio tem como principal acionista a estatal Chesf com 49,98% de participação. Mas, na composição societária do consórcio, 40% das cotas estão nas mãos de construtoras. Entre elas , a Queiroz Galvão e a Mendes Júnior. Pelas regras do edital, na SPE as construtoras só poderão ter 20% de participação. Assim é necessário que entrem os chamados sócios estratégicos no grupo.
O governo já vinha anunciando que os fundos de pensão deveriam entrar. Além deles, o consórcio também está negociando com grandes empresas para que elas entrem na condição de auto produtores, que além de sócios consumirão até 10% de energia da hidrelétrica. "Todo nosso foco agora está na consolidação da SPE", disse a fonte. A mesma fonte também afirmou que a participação das construtoras deverá ser diluída para menos de 20%. Isto porque segundo ele, o principal interesse das construtoras não é a sociedade, mas sim participar da construção.
Além dos trabalhos para a negociação do SPE o consórcio também está mantendo diálogos permanentes com diversas empresas que já estudaram o projeto, para solucionar quais delas serão contratadas para fazer tanto o projeto básico quanto o projeto básico ambiental. "O mais provável é que sejam contratadas várias empresas e não uma só", disse a fonte.