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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.
São Paulo - O fundo das Represas Billings e do Guarapiranga está contaminado com metais pesados. Chumbo, cobre, níquel e zinco são alguns dos elementos químicos encontrados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). Para os especialistas, a contaminação dos sedimentos compromete a qualidade da água. Responsável pelo tratamento, a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp) afirma que não há risco para a população.
A contaminação dos reservatórios paulistas, que abastecem cerca de 4,5 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo, é atribuída ao esgoto despejado irregularmente por casas e indústrias. Em alguns trechos, os pesquisadores detectaram cobre até 30 vezes acima do nível de segurança recomendado por agências de saúde.
Esses valores, que têm por base os padrões da Agência Canadense do Meio Ambiente (ACMA), apontam para a possibilidade de intoxicação, conforme a pesquisadora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, Silvana Cutolo Audrá. "O consumo de água contaminada com metais (pesados) pode acarretar náusea, dor de cabeça, irritações na pele e mucosas. A exposição a longo prazo pode ser mais severa, como defeitos congênitos, diminuir a fertilidade e surgimento de câncer."
Controvérsia
A Sabesp diz monitorar a "evolução da concentração de metais nos mananciais utilizados para abastecimento público", sem detectar nenhum risco à saúde da população. E ressaltou que seu processo de tratamento atende rigorosamente às regras previstas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
"Os padrões e limites de potabilidade são estabelecidos a partir de critérios rigorosos e anos de pesquisa, até toxicológica. Isso posto, o pleno atendimento a esses padrões e limites são suficientes para garantia da saúde", afirma, em nota. As informações são do Jornal da Tarde.
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