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Funcionário da Cruz Vermelha morre em explosão de carro-bomba na Somália

Abdulhafid morreu ontem por conta dos ferimentos causados pela explosão do carro-bomba, possivelmente veiculado ao grupo jihadista Al Shabaab

Abdulhafid era um valioso membro de nossa equipe na Somália, disse chefe do CICV (Feisal Omar/Reuters)

Abdulhafid era um valioso membro de nossa equipe na Somália, disse chefe do CICV (Feisal Omar/Reuters)

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EFE

Publicado em 29 de março de 2018 às 14h01.

Nairóbi - Um funcionário do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) morreu nesta quarta-feira na Somália durante a explosão de um carro-bomba perto da sede da organização em Mogadíscio, informou nesta quinta-feira o CICV em comunicado.

O somaliano Abdulhafid Yusuf Ibrahim, casado e pai de duas filhas, morreu ontem à noite por consequência dos ferimentos sofridos pela explosão do carro-bomba, que aconteceu quando o funcionário deixava o escritório do CICV em seu veículo.

"Estamos devastados pela perda de Abdulhafid, que era um valioso membro de nossa equipe na Somália ", afirmou o chefe da delegação do CICV no país africano, Simon Brooks, em comunicado emitido em Nairóbi, no Quênia.

Outro funcionário do CICV ficou levemente ferido pela explosão e está se recuperando, afirmou o comitê na nota, que disse desconhecer "as razões por trás do ataque".

A polícia, em princípio, informou que três pessoas tinham ficado feridas pela explosão, entre elas Ibrahim, segundo a imprensa local.

Apesar de nenhum grupo ter assumido a autoria da explosão até agora, seu 'modus operandi' é similar ao do grupo jihadista somali Al Shabaab, que costuma cometer atentados com frequência na capital da Somália contra alvos de relevância política, militar e social.

A organização terrorista, que se filiou em 2012 à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país, e tem como objetivo instaurar na Somália um Estado islâmico de corte wahhabita.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados.

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