Mundo

Fukushima: radioatividade detectada em lençol d'água subterrâneo

Mostra de água retirada do solo embaixo do reator 1 da usina tinha concentração 10 mil vezes maior que a recomendada

Engenheiro em Fukushima: medição da radiação será feita novamente na sexta-feira (AFP)

Engenheiro em Fukushima: medição da radiação será feita novamente na sexta-feira (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2011 às 16h46.

Tóquio - Iodo radioativo foi descoberto num lençol d'água situado a 15 metros sob a central nuclear acidentada de Fukushima, declarou na noite desta quinta-feira o operador do sítio, a Tokyo Electric Power (Tepco).

Mostra de água retirada na quarta-feira às 11H10 (023H10 de Brasília) sob o reator 1 da central revelou uma taxa de 430 becqueréis por cm3, precisou à AFP um porta-voz da empresa.

Acrescentou que este nível era "10.000 vezes superior" à norma legal.

"Não há nenhuma dúvida que se trata de uma cifra elevada", destacou, não descartando, no entanto, a possibilidade de que essa taxa seja revista na sexta-feira.

Iodo 131 também foi descoberto em grande quantidade na água do mar, perto da central Fukushima Daiichi (N°1).

A Tepco mediu nesta quinta-feira uma concentração de iodo radioativo 4.385 vezes superior à norma legal.

Trata-se do nível mais importante desde o começo do acidente na central de Fukushima, desencadeado por um terremoto de magnitude 9 seguido de tsunami que provocaram uma pane nos sistemas de resfriamento dos reatores.

Para manter o combustível a uma temperatura inferior ao ponto de fusão, centenas de operários, bombeiros e soldados derramam dia e noite milhares de toneladas de água nos reatores.

A consequência disto é que enormes quantidades de água contaminada se infiltram nas galerias subterrâneas e escorrem para o Oceano Pacífico, próximo.

Acompanhe tudo sobre:acidentes-nuclearesÁsiaJapãoPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA