Alberto Fujimori, condenado a 25 anos de prisão (Koichi Kamoshida/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2011 às 13h08.
Lima - O ex-presidente Alberto Fujimori, condenado em 2009 a 25 anos de prisão, sentença que cumpre em uma unidade policial em Lima, deve seguir para um prisão comum, disse nesta segunda-feira Omar Chehade, vice-presidente de Ollanta Humala, o virtual vencedor das eleições no Peru.
"Alberto Fujimori não está em uma prisão, está num centro de recreação da polícia e não é apropriado para uma pessoa que tenha cometido delitos graves", disse Chehade em entrevista ao canal América Televisión.
"Isto não quer dizer que é uma perseguição política nem que vá haver desrespeito dos direitos humanos; no entanto queremos ser bem claros: os benefícios de Alberto Fujimori violam absolutamente o princípio de igualdade", afirmou Chehade.
Chehade disse que o ex-ditador Jorge Rafael Videla, "que foi condenado por violação dos direitos humanos na Argentina, 10 ou 15 anos mais velho que Fujimori, cumpre pena em prisão comum onde todos os direitos humanos são respeitados".
"Não é apropriado tê-lo em uma Diroes, que é o centro de sua campanha, onde planta flores, onde recebe grupos musicais; evidentemente este é um desequilíbrio criado pelo governo", acrescentou o futuro vice-presidente.
A Diroes é a Direção de Operações Especiais da Polícia, no leste de Lima, cuja sede é o local onde Fujimori cumpre pena.
Durante a campanha presidencial, Humala afirmou repetidamente que a campanha da oponente Keiko Fujimori - filha do ex-presidente preso - era feita de dentro da Diroes.
Alberto Fujimori, que governou de 1990 a 2000, foi condenado a 25 anos de prisão como autor intelectual de duas chacinas que mataram 25 pessoas, além de casos de corrupção.
Humala tem vantagem na apuração oficial da eleição de domingo e é virtualmente o novo presidente do Peru.