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Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2013 às 21h45.
Watertown - Uma área de um milhão de habitantes ficou paralisada nesta sexta-feira, atentos ao desfile de uma descomunal demonstração de força que espera encontrar um fugitivo de 19 anos, suspeito de ser o autor do pior atentado da história de Boston.
Ao chegar a Watertown, uma aprazível área residencial às margens do rio Charles, a tensão pode ser respirada no ambiente, o toque de recolher não era uma recomendação, era uma ordem. Apesar de sua juventude Dzhokhor Tsarnaev é "altamente perigoso e está armado".
Só carros da Polícia ou 4x4 militares transitam pela rodovia que leva à cidade desde Boston, uma cidade que nunca na história tinha oferecido um aspecto tão desolador.
Dentro de Watertown, à beira do perímetro, policiais andam com pistolas nas mãos, escopetas ou fuzis, agentes que - depois dos atentados da segunda-feira passada na maratona de Boston e a espetacular perseguição da noite passada que matou um policial - esperam qualquer coisa.
Uma das moradoras de Watertown se aventurou a visitar de carro a rua Arsenal, que leva à região onde se acredita que Dzhokhor se escondeu após a perseguição cinematográfico da quinta-feira, na qual seu irmão de 26 anos, Tamerlan Tsarnaev, morreu.
Um policial da cidade de Boston pede para ela parar imediatamente, enquanto lentamente se aproxima e com um giro de seu corpo esconde a pistola que acaba de tirar da capa e tem pronta para disparar. A senhora mostra sua identificação e brinca que só queria saber se a pizzaria da esquina estava aberta.
A operação deixa os moradores de Watertown impressionados, seu bairro de casas familiares e jardins se transformou em um vaivém de carros de Polícia, ambulâncias e caminhonetes das forças especiais.
Um helicóptero vigia do alto o tempo todo a área cercada e os carros dos moradores que são evacuados são os únicos veículos civis a circular.
O sueco Fredrik Baving e sua esposa têm a história mais "surrealista", segundo suas próprias palavras. Ambos correram a maratona na segunda-feira em Boston e foram testemunhas das explosões que mataram três pessoas e feriram 176.
Planejaram se alojar durante a semana posterior em Watertown e visitar a Nova Inglaterra. Hoje tinham previsto passar o dia em Boston, mas passaram a noite em branco por causa das sirenes e durante o dia seu raio de ação se limitou ao estacionamento. EFE