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Frontex denuncia tráfico de passaportes sírios falsos

Os passaportes falsos seriam usados por pessoas que já estão na Turquia para obter direito de asilo como cidadãos sírios


	Campo de refugiados sírios na Turquia: "Hoje não há elementos objetivos para afirmar que terroristas potenciais entraram na Europa desta maneira"
 (Mustafa Ozer/AFP)

Campo de refugiados sírios na Turquia: "Hoje não há elementos objetivos para afirmar que terroristas potenciais entraram na Europa desta maneira" (Mustafa Ozer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 10h46.

O tráfico de passaportes sírios falsificados foi criado, em particular na Turquia, para facilitar a entrada de imigrantes na União Europeia (UE), denunciou o diretor da agência europeia de vigilância das fronteiras, Frontex, Fabrice Leggeri.

"Há pessoas que estão hoje na Turquia e que compram passaportes falsos sírios porque compreenderam evidentemente que os sírios obtêm o direito de asilo em todos os Estados membros da União Europeia", afirmou Leggeri ao canal francês Europe 1.

"As pessoas que utilizam os passaportes falsos sírios em geral falam árabe. Podem ser procedentes da África do norte ou do Oriente Médio, mas têm mais o perfil de emigrantes econômicos", completou.

O tráfico não parece afetar até o momento a segurança na UE.

"Hoje não há elementos objetivos para afirmar que terroristas potenciais entraram na Europa desta maneira", disse Leggeri, que, no entanto, pediu "vigilância em todas as fronteiras".

O diretor da Frontex reiterou o pedido de envio de guardas de fronteira adicionais à Grécia.

Ele considerou, como já fez a chanceler alemã Angela Merkel, que existem riscos para o futuro do espaço Schengen caso os imigrantes que entram na Europa não sejam distribuídos equitativamente entre os países membros da UE.

"É um risco que começamos a sentir todos os dias. Vemos o aumento das patrulhas policiais ao longo das fronteiras internas (entre países do espaço)", disse.

"Se as fronteiras externas não podem ser administradas de maneira solidária entre os Estados membros, há um risco de que cada Estado assuma o controle de suas fronteiras nacionais, o que não será mais eficaz", completou.

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