O frio atingiu toda a Europa (Dimitar Dilkoff/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2012 às 19h23.
Roma - Subiu para 21 o número de mortos pela onda de frio que atingiu a Itália, enquanto 40 mil famílias ainda continuam sem energia elétrica e as previsões do tempo indicam agravamento das condições climáticas.
No domingo à noite foi encontrado morto um italiano de 84 anos que morava sozinho na localidade de Campomarino Lido, na região de Molise. De acordo com os médicos, o homem morreu há alguns dias pelas baixas temperaturas.
Outra pessoa, que se suspeita seja um imigrante ilegal, de aproximadamente 40 anos, foi achada morta na manhã desta segunda-feira em uma casa de campo abandonada em Acquangera sul Chiese, na província de Mantova.
Também foi encontrado morto dentro de seu veículo um caminhoneiro que ficou preso pela neve na rodovia Sora-Avezzano, na região dos Abruzzos.
Outro grande problema da onda de frio são os cortes no fornecimento de energia elétrica provocado pelo acúmulo de neve e a queda de árvores.
Segundo a companhia elétrica Enel, o número de famílias sem eletricidade no centro e sul da Itália caiu para 41.960.
Devido à situação de emergência, o Exército foi mobilizado e centenas de militares estão abrindo as estradas para chegar às regiões, especialmente a Lácio e Abruzzos, que ficaram isoladas.
Continua nevando com intensidade em várias zonas do norte e a Defesa Civil anunciou que nas próximas horas as tempestades de neve voltarão ao centro do país, principalmente em Emilia Romagna, Marche, Abruzzos e Molise.
O ministro do Desenvolvimento Econômico do Governo tecnocrata italiano, Corrado Passera, explicou nesta segunda que por causa do frio o fornecimento de gás é 'crítico', mas 'está sendo bem controlado'.
Passera disse que foi reduzido o abastecimento vindo da França e da Rússia, mas que já foi ativada a exportação a partir dos gasodutos da Argélia e do norte da Europa.
Já o executivo-chefe da companhia de energia Eni, Paolo Scaroni, afirmou que até 8 de fevereiro não haverá problemas de fornecimento de gás, mas advertiu que se o estado de emergência continuar, o serviço terá de ser cancelado para algumas empresas, que têm previstos seus contratos cortes em casos extraordinários.