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Frente a múltiplos desafios, Obama inicia segundo mandato

Presidente americano inicia segundo mandato com uma cerimônia mais modesta, que reflete as expectativas menores que cercam seus próximos anos no cargo

Presidente dos EUA, Barack Obama, primeira-dama, Michelle Obama, vice-presidente, Joseph Biden (2o à direita), e sua esposa vão à cerimônia de posse da Presidência, em Washington (Larry Downing/Reuters)

Presidente dos EUA, Barack Obama, primeira-dama, Michelle Obama, vice-presidente, Joseph Biden (2o à direita), e sua esposa vão à cerimônia de posse da Presidência, em Washington (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2013 às 09h08.

Washington - Quatro anos depois de fazer história ao se tornar o primeiro presidente negro dos EUA, Barack Obama inicia na segunda-feira seu segundo mandato com uma cerimônia mais modesta, que reflete as expectativas menores que cercam seus próximos quatro anos no cargo.

O desemprego persistentemente alto, os atritos políticos e as divisões deixadas pela campanha eleitoral de 2012 abalaram o clima de otimismo e esperança que haviam marcado a posse de Obama em 2009. O início do segundo mandato terá menos gente na rua, menos festas populares e menos bailes oficiais.

Ao erguer a mão direita para prestar juramento diante do presidente da Suprema Corte, John Roberts, em frente ao Capitólio, às 11h55 (14h55 em Brasília), será a segunda vez que Obama faz isso em menos de 24 horas.

No domingo, ele protagonizou uma cerimônia reservada na Casa Branca, cumprindo a exigência constitucional de que a posse ocorra em 20 de janeiro. Os organizadores da cerimônia consideraram que seria inadequado fazer uma grande atividade popular no fim de semana, e por isso transferiram os principais eventos da posse para o dia seguinte.

A expectativa dos organizadores é que até 700 mil pessoas estejam na avenida National Mall para assistir ao segundo juramento. Isso significa menos de metade da multidão de 1,8 milhão que lotou o local na posse de 2009.

Obama deve usar o discurso de posse para apresentar em termos gerais sua visão para os próximos quatro anos, mas não entrará em detalhes administrativos.


O assessor David Plouffe disse que Obama deve convocar os dois partidos a se unirem na solução dos desafios para o próximo quadriênio, como a questão orçamentária, a necessidade de elevar o teto de endividamento do governo e a busca dos democratas por um controle mais rígido na venda das armas e por um caminho que permita a legalização de imigrantes clandestinos.

O presidente vê o discurso de posse e o discurso anual do Estado da União, a ser proferido em 12 de fevereiro diante do Congresso, como "um pacote", segundo Plouffe. Por isso, vai preservar detalhes da sua agenda do segundo mandato para o segundo discurso.

Uma pesquisa NBC/Wall Street Journal na semana passada mostrou que 43 por cento dos norte-americanos estão otimistas com os próximos quatro anos, 35 por cento estão pessimistas, e 22 por cento estão divididos.

Na noite de domingo, as autoridades fecharam várias ruas de Washington por causa da cerimônia pública. Barreiras de segurança estavam sendo montadas, e milhares de policiais e agentes da Guarda Nacional começaram a ser mobilizados.

A festa da posse também terá música -os cantores James Taylor e Kelly Clarkson vão apresentar canções patrióticas, e Beyoncé entoará o hino nacional.

O vice-presidente Joe Biden, que assim como Obama prestou juramento no domingo, também repetirá o ato na segunda-feira.

Os casais Barack e Michelle Obama e Joe e Jill Biden em seguida participarão de um almoço e de um desfile que irá do Congresso à Casa Branca pela avenida Pensilvânia.

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