Logo da Al Jazeera: no vídeo transmitindo pela Al Jazeera, na noite de sexta-feira, mais de uma dúzia de freiras, vestindo longas túnicas pretas, aparecem sentadas em sofás (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2013 às 10h35.
Beirute - Um grupo de freiras que desapareceu na Síria, depois que combatentes islâmicos capturaram um vilarejo cristão essa semana, apareceu em um vídeo dizendo que estão bem de saúde e negando que tenham sido sequestradas.
As freiras foram levadas depois que militantes tomaram o antigo bairro de Maaloula, uma aldeia cristã, ao norte de Damasco, depois de intensos combates com as tropas do presidente Bashar al-Assad, na segunda-feira.
Em seguida os combatentes levaram as freiras do monastério Ortodoxo Grego de Mar Thecla para a cidade de Yabrud, de acordo com o enviado do Vaticano para a Síria.
No vídeo transmitindo pela Al Jazeera, na noite de sexta-feira, mais de uma dúzia de freiras, vestindo longas túnicas pretas, aparecem sentadas em sofás.
Ao responder à pergunta de um homem que fala, sem aparecer para a câmera, se haviam sido sequestradas, uma delas negou o fato e disse que elas apenas saíram do monastério para escapar do tiroteio, e que elas seriam libertadas em dois dias.
"Estamos sendo bem tratadas. Eles nos tiraram do convento, para longe do tiroteio... eles nos salvaram, e estamos muito felizes com eles", disse outra freira.
Não ficou claro onde ou quando o vídeo foi filmado ou sob quais circunstâncias as freiras estavam falando.
Na sexta-feira, o jornal pan-árabe Asharq al-Awsat relatou que um grupo rebelde que se autodenomina "Free Qalamoun" reivindicou o sequestro das freiras e queria trocá-las por mil mulheres detidas pelo governo.
A minoria cristã da Síria tem geralmente tentado se manter à margem da guerra civil, que coloca rebeldes muçulmanos sunitas, contra presidente Bashar al-Assad, que é da seita minoritária Alauíta, e seus aliados xiitas estrangeiros.
Mas muitos cristãos estão ficando alarmados com a ascensão dos islamitas radicais entre os rebeldes, incluindo algumas facções ligadas à Al-Qaeda.