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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 14h08.
Paris - O presidente francês, François Hollande, se reunirá com o presidente iraniano, Hassan Rohani, na próxima terça-feira, em Nova York, informaram hoje fontes diplomáticas francesas em Paris.
O encontro bilateral se realizará fora da programação da Assembleia Geral da ONU. O pedido foi feito pela diplomacia do Irã e o governo francês disse "não conhecer seus objetivos".
Os chefes de Estado falarão principalmente sobre a questão nuclear iraniana, a situação na Síria e as relações bilaterais que são consideradas "pouco desenvolvidas", acrescentaram as fontes.
Paris deseja a abertura do Irã à comunidade internacional e "que dê sinais claros de sua vontade de tornar transparente todo seu programa nuclear, que não tem fins civis claros" e que respeite suas obrigações internacionais, acrescentaram as fontes.
Algo que, lembraram, o Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) ressalta há anos em seus relatórios.
O encontro será o primeiro entre um presidente iraniano e um chefe do estado francês desde o encontro em abril de 2005 entre Jacques Chirac e Mohammad Khatami.
O próprio Hollande antecipou ontem à noite à imprensa que viajava com ele no voo de volta de Mali, para onde foi assistir à posse do novo presidente do país africano, Ibrahima Boubacar Keita, enquanto preparava a reunião com Rohani em Nova York.
O governo francês anunciou há um mês sua disposição para retomar as negociações com o Irã junto com Reino Unido, Alemanha, China, Rússia e Estados Unidos, desde que com a condição que o novo presidente iraniano respaldasse com sinais "sérios" suas declarações sobre seu controvertido programa nuclear.
Em agosto, depois da chegada de Rohani ao poder, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França, garantiu que se o Irã estiver realmente preparado, "a França, junto com seus parceiros do grupo E3+3, também está disposta a retomar as discussões".
Após chegar à presidência iraniana, Rohani declarou à imprensa inglesa que o Irã não desenvolveria nunca armas nucleares e que estava disposto a falar com a comunidade internacional sobre o programa nuclear iraniano, em "posição de igualdade" e respeito mútuo