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Francesa inicia greve de fome até cassação de Hollande

Porta-voz de um movimento contra o casamento homoafetivo anunciou que iniciou uma greve de fome para reivindicar a cassação do presidente francês


	François Hollande, presidente da França: "me sacrifico realmente pelo meu país", disse Béatrice Bourges
 (Philippe Wojazer/Reuters)

François Hollande, presidente da França: "me sacrifico realmente pelo meu país", disse Béatrice Bourges (Philippe Wojazer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 12h54.

Paris - A francesa Béatrice Bourges, porta-voz de um movimento contra o casamento homoafetivo, anunciou nesta segunda-feira que iniciou uma greve de fome para reivindicar a cassação do presidente, François Hollande.

"Me sacrifico realmente pelo meu país, porque acho que estão matando a alma de nossas crianças. Há um ano protestamos e não nos escutam. Que mais posso fazer além de me entregar?", perguntou a representante de "Printemps français" em entrevista ao jornal "Le Figaro".

Béatrice começou sua greve neste domingo, data também de uma manifestação de milhares de pessoas que, promovida pelo coletivo "Dia de Cólera", percorreu Paris para pedir a demissão.

"Me apoio em algo muito legítimo e não violento. Dois meses e meio antes das eleições (municipais), eu gostaria de saber se os deputados, como afirmam alguns frequentemente, realmente desejam a saída de Hollande", acrescentou a porta-voz de "Printemps français".

Béatrice disse que oferece "em bandeja de prata" a esses políticos descontentes a oportunidade de "mostrar sua lealdade": "o artigo 68 da Constituição autoriza os eleitos das duas assembleias a empreender um processo de destituição do presidente da República por falta grave no exercício de suas funções".

A representante desse movimento contra da lei que desde abril passado autoriza casamentos entre homossexuais assegurou que tem intenção de estar "dia e noite" diante da Assembleia Nacional até ver seu objetivo cumprido.

"Com meu jejum, quero demonstrar que o ódio não equivale à violência. Utilizo minhas próprias armas, armas espirituais. O jejum espiritual é uma arma extremamente potente", disse Béatrice.

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