"Sou o único, desde 2012, que vem denunciando a falta de ética e transparência na Fifa", disse Jérôme Champagne (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 15h10.
Paris - O francês Jérôme Champagne, apontado como candidato da situação à presidência da Fifa, afirmou que pode garantir uma visão mais democrática, se eleito, e criticou um dos possíveis rivais, o ítalo-suíço Gianni Infantino.
"Esta eleição é uma questão de visão, entre os que favorecem uma visão elitista do futebol e os que estão a favor de uma visão universal", garantiu o ex-secretário-geral adjunto da entidade, entre 2002 e 2005, em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal esportivo "L'Équipe".
Champagne afirmou que Infantino é o candidato da Uefa e não da Europa, em referência ao secretário-geral da entidade continental, que foi inscrito para ser "plano B", no caso de a presença do francês Michel Platini ser vetada da corrida presidencial.
"É uma nova tentativa da administração do futebol europeu de tomar o controle da Fifa", avaliou.
Champagne negou ser um candidato ligado ao suíço Joseph Blatter, para quem trabalhou entre 1999 e 2010, garantindo que combate a corrupção na entidade há alguns anos.
"Sou o único, desde 2012, que vem denunciando a falta de ética e transparência na Fifa. E preguei no deserto. Não podemos esquecer que fui expulso da entidade em janeiro de 2010, por uma coalização de pessoas, que estão todas suspensas", concluiu o francês.