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França vê "com interesse e prudência" proposta da Rússia

Porém, o governo francês assinalou que se o presidente sírio não aceitar destruir as armas químicas, continuará sendo necessária uma "reação"


	Ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius: ele acrescentou que a França estará presente nas discussões entre Estados Unidos e Rússia
 (Thomas Samson/AFP)

Ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius: ele acrescentou que a França estará presente nas discussões entre Estados Unidos e Rússia (Thomas Samson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 06h51.

Paris - O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse nesta terça-feira que recebeu "com interesse e prudência" a proposta russa para que o suposto arsenal de armas químicas da Síria fique sob controle internacional, mas se o presidente sírio, Bashar al Assad, não aceitá-la, continuará sendo necessária uma "reação".

"Com interesse porque é a primeira vez que se dá esta abertura, e prudência porque se trata de todas as formas de uma virada russa", disse Fabius em entrevista à emissora "Europe 1".

A evolução da postura russa, que pediu ontem que o governo sírio cooperasse com a comunidade internacional no controle de armas químicas e em sua total destruição, se deve à existência de uma coalizão e à firmeza mostrada em relação ao assunto, segundo o ministro.

Essa firmeza, disse Fabius, gerou frutos, e fez com que os russos tenham se dado conta de que as provas referentes ao massacre químico do dia 21 de agosto "são cada vez mais arrasadoras".

O chefe da diplomacia francesa manteve que seu país defendeu, desde o começo da crise, os princípios da ação e da dissuasão, e ressaltou que se o regime de Damasco não aceitar essa proposta de dissuasão, "será preciso uma reação".

Fabius acrescentou que a França estará presente nas discussões entre Estados Unidos e Rússia, e se mostrou confiante na futura saída de Assad da Presidência, porque "é difícil crer que alguém responsável por 110 mil mortes possa se manter indefinidamente no poder".

Em linha com o que foi afirmado em um comunicado ontem, o chanceler afirmou hoje que a proposta não significa que os crimes devem ficar impunes e pediu de novo "que o Tribunal Penal Internacional possa avançar". 

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