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França vai economizar 12 bilhões de euros até o fim de 2012

Governo anunciou plano para diminuir o déficit e impedir que a crise chegue ao país

A França quer economizar € 1 bilhão em 2011 e o restante em 2012 (Jasper Juinen/Getty Images)

A França quer economizar € 1 bilhão em 2011 e o restante em 2012 (Jasper Juinen/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2011 às 14h44.

Paris - A França economizará 1 bilhão de euros em 2011 e 11 bilhões em 2012, o que permitirá reduzir o déficit público do país no próximo ano de 4,6% para 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciou nesta quarta-feira o primeiro-ministro François Fillon.

"O limite de tolerância do endividamento (foi) superado", disse Fillon nesta quarta-feira na apresentação do plano de austeridade do governo para este e para o próximo ano, com o qual pretende criar uma barreira para evitar o contágio da crise da dívida, que afeta outros países da zona do euro.

Fillon assegurou que estas medidas darão à França uma "margem que lhe permitirá garantir" seus compromissos em caso de novo contratempo no crescimento.

O crescimento econômico também foi revisado em baixa, a 1,75%, tanto para 2011 como para 2012, contra os 2% e 2,25% previstos anteriormente, após o estancamento sofrido pela economia no segundo trimestre deste ano, depois de crescer 0,9% no primeiro.

Entre as medidas, também destaca-se a imposição de uma taxa de 3% sobre as receitas procedentes do trabalho e do capital superiores aos 500 mil euros anuais, que acabará quando o déficit do PIB se situar em 3%, anunciou o primeiro-ministro. Esta taxa levará ao Estado 200 milhões de euros em 2012.

Além disso, terão aumento os impostos sobre as rendas por rendimento de capital, que passam de 12,3% a 13,5%, o preço do tabaco (+6%), de forma imediata, e do álcool e das bebidas açucaradas, a partir do próximo ano.

O IVA nas entradas dos parques temáticos franceses também sofrerá um aumento, passando de 5,5% para 19,5%, medida com a qual espera arrecadar 90 milhões de euros em um ano.

A França também irá propor a harmonização do informe de déficits em relação aos impostos sobre as sociedades com as regras em vigor na Alemanha, com o objetivo de aproximar os impostos sobre as empresas nos dois países, anunciou o primeiro-ministro.

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