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França terá toque de recolher às 20h, inclusive na noite de Ano-Novo

O toque de recolher que entrará em vigor na próxima terça-feira durará das 20h às 6h, com exceção da noite de 24 de dezembro

França: "Teremos de respeitar a regra do toque de recolher, ficar em casa em 31 de dezembro" (Benoit Tessier/Reuters)

França: "Teremos de respeitar a regra do toque de recolher, ficar em casa em 31 de dezembro" (Benoit Tessier/Reuters)

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AFP

Publicado em 10 de dezembro de 2020 às 17h39.

Última atualização em 10 de dezembro de 2020 às 17h46.

A França vai impor um toque de recolher a partir das 20h locais, que entrará em vigor em 15 de dezembro e incluirá a noite de Ano-Novo, para conter os casos de covid-19 — anunciou o primeiro-ministro Jean Castex nesta quinta-feira, 10.

Castex disse que a situação havia melhorado consideravelmente desde que a França adotou um novo confinamento em 30 de outubro e destacou que o número de novas infecções diminuiu de quase 50.000 para 10.000 por dia, no fim de outubro.

Mas a queda "desacelerou nos últimos dias", disse. "Estamos numa espécie de platô", disse Castex, advertindo que se os franceses baixarem a guarda, podem enfrentar um terceiro lockdown nos próximos meses.

O toque de recolher que entrará em vigor na próxima terça-feira durará das 20h às 6h, com exceção da noite de 24 de dezembro, durante a qual os franceses poderão se reunir.

No entanto, o Executivo francês pediu para restringir as reuniões a seis pessoas e "limitar as interações" durante cinco dias antes de encontrar uma pessoa idosa ou vulnerável.

Ao contrário, o toque de recolher será mantido na noite de Ano-Novo, que, segundo Castex, "concentra todos os ingredientes de um repique epidêmico".

"Teremos de respeitar a regra do toque de recolher, ficar em casa em 31 de dezembro", disse Castex, que deu como exemplo o repique visto nos Estados Unidos após o Dia de Ação de Graças.

Museus, teatros e cinemas, que deviam reabrir em 15 de dezembro, permanecerão fechados pelo menos por mais três semanas, apesar dos protestos dos trabalhadores da cultura, que denunciam consequências desastrosas.

"Estamos todos tomando as decisões necessárias para proteger o Natal e as festas familiares para evitar um repique da epidemia", disse Emmanuel Macron, de Bruxelas, onde participa de uma cúpula com seus parceiros europeus.

O presidente francês expressou preocupação com "situações críticas" em "vários locais da Europa".

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