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França tem maior participação no segundo turno das eleições legislativas desde 1981

A elevada participação até agora mostra o importante interesse que os franceses atribuem a estas eleições

Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez (Mohammed Badra/AFP)

Um homem entra em uma cabine de votação para votar no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. A França vota nas eleições legislativas em 7 de julho de 2024, que serão decisivas para determinar seu futuro político e podem ver a extrema direita se tornar o maior partido no parlamento pela primeira vez (Mohammed Badra/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de julho de 2024 às 11h15.

Última atualização em 7 de julho de 2024 às 16h25.

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A participação no segundo turno das eleições legislativas na França atingiu neste domingo 59,71% às 17h (horário local, 12h de Brasília), consolidando o número mais alto desde 1981, informou o Ministério do Interior.

Ainda perto das 12h (horário local, 7h de Brasília), a participação elevada já era a maior em quase quatro décadas, a 26,63%. No primeiro turno, no último domingo, a participação havia chegado a 25,90% no mesmo horário. Nas eleições de 2017, a participação no segundo turno foi de 18,99%.

A elevada participação até agora mostra o importante interesse que os franceses atribuem a estas eleições, nas quais, pela primeira vez, a extrema-direita de Marine Le Pen poderá ficar em primeiro lugar e assumir o poder.

Macron vota

Os primeiros dados oficiais sobre a participação na jornada eleitoral surgiram depois de notícias provenientes de vários pontos do país apontarem para uma participação significativa nas urnas, com total normalidade e sem incidentes.

O presidente da França, Emmanuel Macron (à direita), acompanhado por sua esposa Brigitte Macron (no centro), deposita seu voto no segundo turno das eleições legislativas da França em um local de votação em Le Touquet, norte da França, em 7 de julho de 2024. Foto de MOHAMMED BADRA / POOL / AFP (Mohammed Badra/AFP)

Nessa altura, já tinham votado alguns dos rostos mais conhecidos da política francesa, como o primeiro-ministro Gabriel Attal, que foi o primeiro.

Attal votou às 10h (hora local) em Vanves (Hauts-de-Seine), onde aspira renovar seu assento para o 10º círculo eleitoral daquele departamento.

O presidente Emmanuel Macron votou, como habitualmente, acompanhado da sua esposa Brigitte na pequena cidade costeira de Le Touquet (norte).

O ex-presidente socialista François Hollande votou em Tulle, no departamento de Corrèze (centro), onde é candidato após ter regressado à política ativa para estas eleições.

Éric Ciotti, presidente do partido conservador Os Republicanos (LR), já havia votado, embora esteja em desacordo com a liderança do partido devido à sua aliança pessoal com a extrema-direita de Marine Le Pen.

Ciotti votou na cidade de Nice (sudeste), onde ficou em primeiro lugar no primeiro turno para a reeleição ao cargo que ocupa desde 2008.

Marine Le Pen

Marie-Caroline Le Pen coloca panfletos de campanha política em uma caixa de correio em Brains-Sur-Gée, no oeste da França, em 4 de julho de 2024. (Foto de JEAN-FRANCOIS MONIER / AFP)

A líder da extrema-direita Marine Le Pen, cujo partido RN é o favorito para vencer estas eleições, não votará hoje porque já foi eleita no primeiro turno no seu reduto eleitoral de Henin-Beaumont (norte).

A votação de hoje deve eleger 501 deputados, depois de 76 já terem conseguido a sua eleição na primeira volta ao obterem mais de 50% dos votos no seu círculo eleitoral.

O RN é o favorito em todas as pesquisas para alcançar a vitória, embora os números concordem que estaria longe da maioria absoluta de 289 assentos.

Isto poderia deixar uma situação de complicada governabilidade na França, sem qualquer partido ou coligação com maioria e com grande dificuldade em forjar alianças devido às fortes e profundas diferenças programáticas que os separam.

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