Nicolas Sarkozy, quando ainda era ministro do Interior, em visita a comunidades de imigrantes na França (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2010 às 11h46.
Genebra - O Governo da França se defendeu hoje perante a ONU das críticas por seu tratamento a ciganos da Romênia e Bulgária e pelas deportações em massa, assegurando que as medidas adotadas "estão estritamente inseridas no respeito às leis francesas e da legislação europeia".
"As autoridades francesas nunca estigmatizaram pessoas pertencentes a uma minoria em função de sua origem. Não há um 'problema cigano', mas cidadãos europeus mais desfavorecidos que outros, que têm dificuldades de inserção e que merecem atenção particular", afirmou o embaixador francês na ONU em Genebra, Jean-Baptiste Mattei.
O diplomata respondeu assim ao anterior discurso da alta comissária de Direitos Humanos da ONU, Navanethem Pillay, diante do Conselho. Ela disse que a atual política da França para o retorno dos ciganos, inclusive o desmonte de seus assentamentos e as deportações coletivas, "só tende a exacerbar o estigma dos ciganos e a pobreza extrema em que vivem".
O embaixador francês assegurou, no entanto, que "as medidas que foram adotadas estão estritamente inseridas no respeito às leis da República Francesa e da legislação europeia".
"As instalações que foram desmontadas eram ilegais e seu desmantelamento foi feito sob a base de decisões adotadas com total independência pelo Poder Judiciário", insistiu.
Mattei afirmou ainda que, "a fim de responder ao estado de extrema precariedade econômica que caracteriza a maioria destas pessoas, entre elas cidadãos búlgaros e romenos que se declaram de origem cigana, foi proposto a cada um o benefício de uma ajuda de retorno humanitário, ou seja, uma ajuda para a reinstalação em seu país de origem".
O embaixador disse que as autoridades francesas estão convencidas da necessidade de realizar uma política para promover a integração social e econômica dos ciganos. "Nesse espírito, trabalhamos com os países de origem e outras nações da União Europeia".
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