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França rejeita pedido de asilo político de Snowden

Ministro do Interior francês afirmou que pedido de asilo do ex-técnico da CIA foi rejeitado por não ser "muito propício"


	O ministro francês do Interior, Manuel Valls: EUA são "um país amigo" e "democrático" e com o qual a França tem convenções de cooperação judicial, disse Valls
 (Frederick Florin/AFP)

O ministro francês do Interior, Manuel Valls: EUA são "um país amigo" e "democrático" e com o qual a França tem convenções de cooperação judicial, disse Valls (Frederick Florin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 15h00.

Paris - O ministro do Interior da França, Manuel Valls, declarou nesta quinta-feira que o governo de seu país rejeita a possibilidade de conceder asilo político ao ex-técnico da CIA Edward Snowden.

"Levando em conta a análise jurídica e a situação do interessado, essa medida não será tramitada", indicou o ministro francês em um breve comunicado, no qual ressaltou que o ex-técnico da CIA também efetuou pedidos similares para "muitos outros países"

Pouco tempo antes, Valls chegou a assinalar que a França ainda não tinha recebido nenhuma solicitação do ex-técnico americano, embora tivesse se mostrado reticente a conceder asilo caso Snowden efetuasse o pedido.

Os EUA "é um país amigo" e "democrático" que tem "uma justiça independente" e com o qual a França tem convenções de cooperação judicial, assinalou Valls em uma entrevista à imprensa local.

Na entrevista, o ministro francês insistiu que o caso deste especialista informático, que revelou um vasto dispositivo de espionagem por parte das autoridades americanas a muitos países aliados, "é um dossiê extremamente complicados por razões jurídicas", o qual poderia trazer "muitos problemas" caso fosse atendido.

Neste aspecto, antes de lembrar que Snowden era um agente dos serviços secretos americanos e que não conhecem "os documentos e nem a realidade de todas essas revelações", o ministro de Interior da França alegou que "não é muito propício" atender esse pedido de asilo.

Por outro lado, Valls também considerou "particularmente grave" a espionagem de "países amigos e países aliados". Segundo o titular de Interior da França, o presidente François Hollande pediu explicações a Washington "o mais rápido possível".

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