Helicóptero sobrevoa região industrial de Dammartin-en-Goele, na França (Eric Gaillard/Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2015 às 21h59.
Paris - O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, anunciou neste sábado que decidiu reforçar o atual dispositivo de proteção antiterrorista Vigipirate com meios adicionais para proteger instituições e lugares de culto.
A decisão foi tomada no fim da quinta reunião de crise do Executivo desde o atentado terrorista da quarta-feira contra a revista "Charlie Hebdo", que deixou 12 mortos, e os atos seguintes ocorridos quinta e ontem.
"Manteremos todo o desdobramento dos últimos dias e o reforçamos em certas instituições e lugares de culto", informou Cazeneuve em um breve comparecimento perante a imprensa no Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.
O ministro afirmou que o presidente, François Hollande, e o primeiro-ministro, Manuel Valls, já autorizaram um primeiro reforço de 320 militares, número que pode ser ampliado "nas próximas horas", conforme as necessidades.
"Estamos expostos a riscos. É importante reforçar Vigipirate", disse Cazeneuve, que esta tarde detalhará as formas previstas para proteger a grande manifestação contra o terrorismo de amanhã em Paris, que deverá ter uma participação em massa e na qual os principais governantes europeus estarão presentes.
O ministro afirmou que tomaram "todas as medidas" para que esse protesto reúna "as condições de segurança necessárias", e reforçou que os atentados dos últimos dias e os riscos que a França "e o resto de países da União Europeia" enfrentam requerem "uma vigilância extrema".
O nível máximo de alerta, em vigor na região parisiense da Ilha de França desde a quarta-feira e na de Picardia desde a quinta-feira, implica um aumento da vigilância das principais infraestruturas, assim como de lugares e pessoas com maior risco de sofrer um atentado.