Gerald Darmanin, ministro do Interior da França (Bertrand Guay/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 4 de julho de 2024 às 15h08.
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, denunciou rumores sobre um possível cancelamento dos Jogos Olímpicos de Paris devido à situação política na França, que interpreta como uma manobra para prejudicar a imagem de seu país e insistiu que “são fake news”.
“Há um certo número de rumores que se espalham para prejudicar a imagem da França, do presidente da República”, disse Darmanin em uma entrevista ao canal "France 2", na qual lembrou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) desmentiu que tinha considerado a anulação e que lhe foi dado até meados do mês para decidir.
“O COI – explicou – tem dito repetidamente que a organização dos Jogos Olímpicos tem sido, se não perfeita, ao menos a melhor possível. As equipes americanas e israelenses, muito atentas à segurança, parabenizam todos os dias a polícia francesa”.
Além disso, referiu que mesmo o candidato da extrema-direita a primeiro-ministro nas eleições legislativas que serão realizadas no domingo, cujo grupo é o favorito para terminar na primeira posição, “disse que estão muito bem organizados”.
O ministro, que poderá deixar suas funções em decorrência das eleições antes dos Jogos (26 de julho a 11 de agosto), insistiu que o evento será realizado.
Ele destacou que 4 milhões de pessoas passaram sem incidentes pelo percurso que a chama olímpica percorre em todo o território francês.
Na origem desta questão está um artigo do "Le Journal du Dimanche" que retomava elementos de outro do "Le Point" no qual se afirmava que o presidente do COI, Thomas Bach, ficou escandalizado com a convocação antecipada de eleições na França há alguns semanas antes do início das Olimpíadas e que lhe foi dado tempo até meados de julho "para confirmar, cancelar ou adiar os Jogos".
Os serviços secretos alertaram para o risco de que a publicação dos resultados eleitorais do próximo domingo poderia originar incidentes e confusões.
O ministro anunciou que o dispositivo de segurança previsto será composto por 30 mil policiais e agentes, dos quais 5 mil em Paris e região, “para que a extrema-direita e a extrema-esquerda não se aproveitem para criar desordens”.