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França recebe 200 primeiros refugiados vindos da Alemanha

Em Champagne sul Seine, os refugiados foram recebidos por membros da Cruz Vermelha, que prepararam um edifício com 77 apartamentos vagos


	Refugiados sírios e iraquianos chegam à França: foram habilitadas as instalações de um complexo utilizado normalmente para colônias escolares e para concentrações de federações esportivas
 (Reuters / Jacky Naegelen)

Refugiados sírios e iraquianos chegam à França: foram habilitadas as instalações de um complexo utilizado normalmente para colônias escolares e para concentrações de federações esportivas (Reuters / Jacky Naegelen)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 08h45.

Paris - Os 200 primeiros refugiados enviados desde a Alemanha chegaram na manhã desta quarta-feira de ônibus à França, onde foram recebidos nos municípios de Champagne sul Seine e Cergy, na região de Paris.

Em Champagne sul Seine, os refugiados - basicamente sírios e iraquianos - foram recebidos por membros da Cruz Vermelha, que prepararam um edifício com 77 apartamentos vagos.

"Trata-se de uma solução temporária de vários meses enquanto a situação deles é regularizada", explicou Ouardia Petit-Jean, responsável pelo organismo local dos casas sociais.

Em Cergy foram habilitadas as instalações de um complexo utilizado normalmente para colônias escolares e para concentrações de federações esportivas.

Os refugiados também serão alojados provisoriamente ali enquanto a permissão de residência não for entregue, explicou o prefeito regional do departamento, Yannick Blanc.

Este primeiro contingente saiu de ônibus de Munique, acompanhado por uma dezena de agentes do Organismo Francês de Proteção aos Refugiados e aos Apátridas (OFPRA).

O ministro de Interior, Bernard Cazeneuve, destacou se tratar de "um amparo com os melhores padrões", já que desde o princípio estarão em edifícios e serão atendidos por associações.

Em entrevista à imprensa depois do Conselho de Ministros, Cazeneuve assinalou o "desejo de que França esteja à altura de seus princípios, de sua reputação, mas de que também haja uma dimensão europeia", que será novamente abordada na reunião convocada para a próxima segunda-feira com as ministras de Interior e de Justiça.

Ele insistiu na posição franco-alemã de que o dispositivo de amparo deve envolver "todos os Estados da União Europeia, Schengen representa solidariedade para todo mundo, não pode ser uma carta de solidariedade".

O mecanismo de solidariedade proposto por França e Alemanha, explicou, está condicionado à criação nos países europeus que recebem o grosso dos imigrantes de centros de seleção para separar os refugiados dos imigrantes econômicos.

Para estes últimos, o ministro francês disse que é preciso falar com seus países de origem para estabelecer "um mecanismo de retorno, porque se forem criados mecanismos para sua expulsão, o amparo aos refugiados não será sustentável".

O presidente francês, François Hollande, anunciou na segunda-feira que seu país está disposto a receber 24 mil refugiados nos dois próximos anos. Outros mil devem chegar esta semana, vindos da Alemanha.

Esta tarde o primeiro-ministro, Manuel Valls, preside uma reunião interministerial dedicada à questão do abrigo aos refugiados, assunto de outra convocação de Cazeneuve no sábado com os prefeitos que se declararem voluntários.

O ministro pediu aos prefeitos que participem porque "quanto mais formos, mais eficazes seremos. Ele garantiu que "o Estado assumirá toda sua responsabilidade". EFE

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