François Fillon: a lei é uma das primeiras aprovadas desde a eleição do presidente Emmanuel Macron (Pascal Rossignol/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de julho de 2017 às 14h34.
Paris - Políticos franceses não poderão mais contratar cônjuges ou filhos como assistentes parlamentares, de acordo com novas regras adotadas em resposta a um escândalo envolvendo o ex-primeiro-ministro François Fillon e sua mulher.
A lei, uma das primeiras a ser aprovada desde a eleição do presidente Emmanuel Macron em maio, valerá para ministros e membros do Parlamento, alinhando a França com países como a Alemanha e pondo fim ao que é um negócio de família generalizado.
As cláusulas principais da legislação foram aprovadas por membros da Assembleia Nacional em votações na noite de quarta-feira e nesta quinta-feira.
Macron, um político de 39 anos, ganhou a corrida presidencial prometendo que acabaria com práticas responsáveis pela ampla desconfiança dos eleitores com relação aos políticos.
Um de seus principais adversários na eleição presidencial foi Fillon, um ex-primeiro-ministro conservador cuja campanha foi destruída por um escândalo envolvendo pagamentos para sua mulher, Penelope.
O caso foi exposto pela mídia no final de janeiro, desencadeando uma investigação judicial, ainda em andamento, sobre alegações de que a mulher de Fillon recebeu centenas de milhares de euros durante anos por praticamente nenhum, ou nenhum, trabalho como sua assistente.