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França planeja criar reator nuclear submarino para gerar eletricidade

Decisão se reator será construído ou não só será tomada em 2013

Sarkozy aproveitou para pedir manutenção das relações bilaterais entre França e Brasil (Pascal Le Segretain/Getty Images)

Sarkozy aproveitou para pedir manutenção das relações bilaterais entre França e Brasil (Pascal Le Segretain/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 16h48.

Paris - Os estaleiros militares franceses DCNS apresentaram nesta quinta-feira um projeto de reator nuclear submarino concebido para gerar eletricidade destinada a cidades litorâneas e ilhas com uma potência de até 300 megawatts, que poderia entrar em operação em 2017.

A decisão para a construção do protótipo deste reator, batizado Flex Blue, deverá ser tomada em 2013, e daqui até então trabalharão nele 150 engenheiros com um investimento previsto em dezenas de milhões de euros, detalhou a Direção de Construções Navais (DCNS).

Na iniciativa participam, além dos estaleiros navais que contam com a experiência da construção de 18 reatores que equipam ou equiparam os submarinos e os porta-aviões nucleares da Marinha francesa, as companhias estatais Areva e EDF, assim como o Comissariado da Energia Atômica (CEA).

O desenho previsto desta central inovadora é um cilindro de entre 12 a 15 metros de diâmetro com uma caldeira, unido a uma central elétrica.

Está sendo pensada para permanecer submersa a 100 metros de profundidade e a vários quilômetros do litoral, e poderia abastecer povoados com população de 100 mil a 1 milhão de habitantes.

Ao ser submersa, a água do mar constituiria a fonte de resfriamento necessário para a tecnologia atômica.

Isso seria uma garantia de segurança, ao estar protegida de catástrofes como as quedas de aviões, meteoritos, raios ou terremotos, segundo a companhia de estaleiros.

Falta definir a posição dos analistas que deverão dar seu sinal verde, em particular diante do risco de fugas e de qualquer contaminação em um meio tão frágil como o marinho.

Se o projeto for levado adiante será construído nas instalações da DCNS no porto de Cherbourg (noroeste da França) e depois seria transportada de navio.

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