Mundo

França pede união contra EI a todos os países, incluindo Irã

Declaração de ministro foi feita após o presidente François Hollande anunciar coletiva internacional sobre a situação no Iraque

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, fala em uma coletiva de imprensa em Bagdá (Ali Al-Saadi/AFP)

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, fala em uma coletiva de imprensa em Bagdá (Ali Al-Saadi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 16h07.

Paris - O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, pediu nesta quarta-feira a todos os países do Oriente Médio, inclusive o Irã, e as potências mundiais que se aliem para frear a ofensiva jihadista do Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

"Queremos que todos os países da região, os países árabes e também o Irã, e o P5 [os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU] se unam a nossa ação", afirmou Fabius, depois que o presidente François Hollande anunciou a convocação de uma coletiva internacional sobre a situação no Iraque.

Hollande anunciou que vai propor em breve essa conferência sobre a segurança no Iraque e a luta contra o Estado Islâmico (EI), ao considerar que a situação internacional é a mais grave desde 2001, em entrevista nesta quarta-feira ao jornal Le Monde.

"Devemos estabelecer uma estratégia global contra este grupo (...) que dispõe de recursos financeiros importantes e armas muito sofisticadas, e ameaça países como Iraque, Síria ou Líbano", afirmou o chefe de Estado francês.

"Portanto, vou propor em breve aos nossos sócios uma conferência sobre segurança no Iraque e a luta contra o Estado Islâmico", prossegue.

"Devemos enfrentar não um movimento terrorista como a Al-Qaeda, mas um quase Estado terrorista, o Estado Islâmico", acrescenta Hollande.

Segundo um texto da entrevista divulgado pouco antes pela presidência francesa - levemente diferente da versão on-line do jornal - Hollande fala "a partir de setembro" de uma iniciativa sobre a segurança no Iraque e a luta contra o EI.

Interrogado sobre uma suposta ausência de autoridade do presidente americano Barack Obama, Hollande responde que "durante muito tempo houve queixas sobre a hiperpotência americana e seu intervencionismo múltiplo. Seria inadequado agora criticar Barack Obama por um excesso de timidez".

"Mas considero que a situação internacional é a mais grave que já conhecemos desde 2001. O mundo deve ser consciente disso", acrescenta.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEstado IslâmicoEuropaFrançaIrã - PaísIraqueIslamismoItamaratyMinistério das Relações ExterioresOriente MédioPaíses ricosSíria

Mais de Mundo

Ao lado de Macron, Trump diz que guerra na Ucrânia pode terminar 'em questão de semanas'

Trump diz que tarifas planejadas para o México e Canadá 'seguirão em frente' no próximo mês

Papa Francisco tem 'leve melhora' em quadro de saúde, mas estado ainda é crítico

Conheça a guerra que inspirou a série Game Of Thrones