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França pede reunião do Conselho de Segurança por ataque na Síria

A reação acontece após o Observatório Sírio informar a morte de pelo menos 58 pessoas por um suposto ataque químico

Síria: a principal aliança opositora acusou aviões governamentais de terem bombardeado a população (Bassam Khabieh/Reuters)

Síria: a principal aliança opositora acusou aviões governamentais de terem bombardeado a população (Bassam Khabieh/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de abril de 2017 às 11h58.

Última atualização em 4 de abril de 2017 às 13h12.

Paris - As autoridades francesas solicitaram nesta terça-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo suposto ataque químico contra a cidade síria de Khan Sheikhoun, na província setentrional de Idlib.

"O uso de armas químicas constitui uma violação inaceitável da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e um novo reflexo da barbárie da qual a população síria é vítima há tantos anos", declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, em comunicado.

A reação acontece após o Observatório Sírio de Direitos Humanos informar hoje a morte de pelo menos 58 pessoas, entre elas 11 menores, por um bombardeio de aviões não identificados em Khan Sheikhoun, controlada por opositores.

A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), a principal aliança opositora, acusou em comunicado aviões governamentais de terem bombardeado a população dessa cidade com projéteis que continham gás sarin, classificado como arma de destruição em massa.

"Como em Ghouta em 21 de agosto de 2013, Bashar al Assad (o presidente sírio) atacou civis com meios proibidos pela comunidade internacional. Mais uma vez, o regime sírio negará a evidência de sua responsabilidade neste massacre", acrescentou o presidente da França, François Hollande, em comunicado.

O chefe do Estado francês ressaltou que, como em 2013, o líder sírio "conta com a cumplicidade de seus aliados para se beneficiar de uma impunidade intolerável".

"Os que apoiam esse regime podem medir de novo a amplitude de sua responsabilidade política, estratégica e moral", concluiu Hollande em uma nota divulgada pela presidência.

"Condeno com veemência este ato desprezível", acrescentou Ayrault, que pediu que cada um "assuma suas responsabilidades" perante fatos "de tamanha gravidade e que são uma afronta à segurança internacional".

O ministro das Relações Exteriores lembrou que desde o início do conflito sírio, em 2011, a França sempre cooperou com a comunidade internacional para que o uso de armas químicas na Síria fosse esclarecido.

A França, segundo sua nota, apoia os mecanismos de investigação da ONU e da Organização para a Proibição das Armas Químicas e impulsionou junto com o Reino Unido um projeto de resolução que tentava impor sanções ao regime sírio pelo uso dessas armas, mas que acabou sendo vetado por Rússia e China.

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