Mundo

França pede permissão aos EUA para investigar Guantánamo

A juíza Sophie Clement investiga as acusações de tortura e atos de barbárie apresentados por três ex-detidos franceses

A juíza Sophie Clement pede para "proceder a todas as constatações materiais úteis" em Guantánamo 
 (Jacques Demarthon/AFP)

A juíza Sophie Clement pede para "proceder a todas as constatações materiais úteis" em Guantánamo (Jacques Demarthon/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 08h31.

Paris - Uma juíza francesa, que tem em seu poder as denúncias de três ex-detidos franceses da prisão de Guantánamo, pediu às autoridades americanas permissão para investigar no local, segundo um documento consultado nesta terça-feira pela AFP.

Em uma Comissão Rogatória Internacional (CRI) datada de 2 de janeiro, a juíza Sophie Clement, que investiga as acusações de tortura e atos de barbárie apresentados por três ex-detidos franceses, pede para "proceder a todas as constatações materiais úteis na base americana da baía de Guantánamo".

A juíza pede às autoridades americanas permissão para "tomar conhecimento e fazer cópia de todos os documentos em seu poder" relativos a Murad Benchellali, Nizar Sasssi e Jale Ben Mustafa, os três ex-presos franceses.

A juíza pede, em particular, os documentos "relativos às condições de sua detenção, de sua transferência e seu encarceramento em um campo militar em Kandahar (Afeganistão), e sua posterior transferência e detenção na base americana de Guantánamo".

A juíza investiga desde 2005 supostos episódios de sequestro e detenção arbitrária, e, em 2009, obteve a autorização de incluir na investigação eventuais atos de tortura e barbárie.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)EuropaFrançaJustiçaPaíses ricosPrisões

Mais de Mundo

Eleição na Alemanha mostra avanço da insatisfação e do voto conservador

Análise: eleição mostra que há novos muros na Alemanha

Eleições na Alemanha: conservadores vencem, mas precisam de alianças para governar

Papa Francisco: estado de saúde ainda é crítico, mas sem piora respiratória