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França pede para Trump não se intrometer em debate dos "coletes amarelos"

"Não fazemos considerações sobre a política interna americana, e queremos que seja recíproco", afirmou Le Drian

. (Leonhard Foeger/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2018 às 14h01.

Última atualização em 9 de dezembro de 2018 às 14h01.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, pediu neste domingo para que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se intrometa na crise provocada pelos protestos dos "coletes amarelos", da mesma forma que as autoridades francesas não entram em debates da política interna americana.

"Não fazemos considerações sobre a política interna americana, e queremos que seja recíproco", afirmou Le Drian em entrevista reproduzida pelas emissoras "RTL" e "LCI", ao ser perguntado sobre a mensagem que Trump publicou no Twitter sobre esse movimento.

O chefe da diplomacia francesa ironizou o fato de Trump ter se vangloriado ao dizer que os manifestantes na França cantavam seu nome nos protestos para reivindicar ações relacionadas à mudança climática.

"Que eu saiba, os 'coletes amarelos' não têm se manifestado em inglês", disse Le Drian em tom jocoso. O ministro acrescentou crescentou que "é preciso ter cuidado com as declarações" porque as imagens que se viram nos Estados Unidos, nas quais Trump era exaltado, são de meses atrás e foram gravadas em Londres.

"Não tomamos partido nos debates americanos. Deixe-nos viver a nossa vida de nação", repetiu o ministro francês.

Trump insistiu ontem em atribuir os protestos dos "coletes amarelos" à suposta impopularidade do Acordo de Paris, do qual decidiu retirar os Estados Unidos meses depois de chegar ao poder.

"O Acordo de Paris não está funcionando muito bem para Paris. Há protestos e distúrbios em toda a França. O povo não quer pagar quantias enormes de dinheiro, em muitos casos a países do terceiro mundo (que são comandados de forma questionável), para talvez proteger o meio ambiente. (Os manifestantes) cantam: 'queremos Trump'. Amo a França", tuitou o presidente americano. EFE

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