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França pede envio urgente de missão de observadores no Mali

Prevê-se que os observadores que serão enviados a Mali devem fazer parte de uma missão internacional de apoio ao país


	Soldado malinense em posição de tiro em Gao: a missão deve ser dirigida por instâncias africanas
 (Joel Saget/AFP)

Soldado malinense em posição de tiro em Gao: a missão deve ser dirigida por instâncias africanas (Joel Saget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 11h38.

Genebra - O governo francês pediu nesta terça-feira o "envio urgente" ao Mali da missão de observadores aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em dezembro passado e que deve ser dirigida por instâncias africanas.

Foi o que disse hoje a vice-ministra para a Francofonia, Yamina Benguigui, delegada de Paris para o Conselho de Direitos Humanos, que realiza em Genebra sua primeira sessão anual e que recebe nesta semana a altos dignitários de dezenas de países.

Ao se referir à intervenção militar de seu país no Mali, a vice-ministra afirmou que aconteceu "para responder, em acordo com instâncias regionais, a pedido das autoridades do Mali" e depois que a ONU confirmou a gravidade das violações dos direitos humanos cometidas há cerca de um ano.

Prevê-se que os observadores que serão enviados a Mali devem fazer parte de uma missão internacional de apoio ao país, onde grupos radicais islâmicos ganharam no ano passado o controle armado de toda a região norte, que representa dois terços do território do país.

Além do envio dessa missão em breve, Yamina disse que a França considera necessária a criação de "um mecanismo de acompanhamento do respeito ao direito internacional humanitário e dos direitos humanos".

A representante também adiantou que seu país apoiará a aprovação, nesta sessão do Conselho de Direitos Humanos, de uma resolução a favor da criação de uma instância que avalie a situação no Mali, assim como o fornecimento de assistência técnica neste âmbito.

As forças francesas, compostas por mais de 4 mil militares, tentam há sete semanas libertar o norte do Mali de grupos armados jihadistas, mas o presidente francês, François Hollande, afirmou que os combates estão em sua fase final. 

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