Soldados franceses patrulham uma área da República Centro-Africana: missão é "desarmar todas as milícias, sejam elas quais forem", disse ministro (Fred Dufour/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 12h52.
Paris - O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, anunciou nesta terça-feira que manterá a missão militar na República Centro-Africana (RCA) apesar da morte de dois soldados franceses em um enfrentamento com milícias armadas e que não deverá aumentar o contingente no país.
Em entrevista ao canal público "France 2", Le Drian disse que o atual contingente de 1.600 soldados franceses unido aos três mil africanos "está em condições de restabelecer, progressivamente, a serenidade e a segurança" no território.
O ministro lembrou que a missão é "desarmar todas as milícias, sejam elas quais forem", e acusou os grupos armados de ter provocado "massacres na população".
"Confio nas forças francesas e nas africanas para cumprir a missão", declarou.
Le Drian informou que a operação na República Centro-Africana "é diferente" da realizada recentemente pelas tropas francesas realizaram no Mali.
"Aqui temos que enfrentar milícias dispersas, que estão nas cidades. Isso precisa de muita atenção, minuciosidade, precisão e profissionalismo", disse o ministro.
Le Drian afirmou ainda que os dois soldados franceses que morreram ontem à noite foram surpreendidos por um tiroteio, com seu contingente, em uma emboscada em Bangui.
O Ministério da Defesa confirmou que o tiroteio aconteceu a uma distância curta e que os agressores utilizaram armas leves de infantaria.