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França impõe teste a viajantes vindos de 16 países, entre eles o Brasil

Para compensar o difícil acesso aos testes em alguns países, a França disse que irá realizar os testes nos aeroportos

França: coronavírus deixou mais de 30.000 mortos no país (Emeric Fohlen/Getty Images)

França: coronavírus deixou mais de 30.000 mortos no país (Emeric Fohlen/Getty Images)

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AFP

Publicado em 24 de julho de 2020 às 17h00.

Última atualização em 24 de julho de 2020 às 17h05.

A França vai impor testes obrigatórios em pessoas procedentes de 16 países, incluindo Brasil, Peru e Panamá, o mais tardar em 1º de agosto, e recomendou a seus cidadãos que evitem viajar para a região espanhola da Catalunha, onde foram registrados novos surtos da covid-19. 

Os viajantes desses países deverão ter um "teste que justifique que não possuem o vírus para poder embarcar nos aviões correspondentes", disse o primeiro-ministro francês, Jean Castex, no aeroporto de Paris, Roissy-Charles de Gaulle.

"Não se trata de fluxos em massa", disse o primeiro-ministro, que lembrou que com esses países as fronteiras francesas ainda estão fechadas, exceto para os franceses que residem nesses países ou os cidadãos desses países residentes na França.

Para compensar a ausência ou o difícil acesso aos testes em alguns dos países em questão, a França disse que irá realizar os testes nos aeroportos.

As pessoas que tiverem resultados positivos ficarão em quarentena por 14 dias, disse o primeiro-ministro.

Além dos países citados, estão na lista divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro francês Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Ba, África do Sul, Kuwait, Catar, Israel, Sérvia, Argélia, Turquia, Madagascar, Índia e Omã.

Essa medida é "indispensável devido ao aumento da circulação do vírus" na França, argumentou Castex, que anunciou também a imposição de medidas semelhantes nos portos.

"Evitar ir à Catalunha"

Castex também recomendou aos franceses que evitem viajar para a região espanhola da Catalunha, onde novos focos da doença surgiram nos últimos dias, "enquanto a situação sanitária não melhorar".

"Estamos conversando com as autoridades espanholas e catalãs para garantir que, na outra direção, os fluxos sejam o mais limitado possível", acrescentou.

Na Espanha, onde o número de casos se multiplicou nas últimas duas semanas, as autoridades não descartam a chegada de uma segunda onda.

"Pode haver uma segunda onda, isso é o de menos. O importante é acompanhar o que está acontecendo, ver onde é preciso tomar medidas, tomá-las cedo", declarou a diretora adjunta do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias (CCAES), María José Sierra.

"A situação de rebotes não é apenas própria da Catalunha, mas está acontecendo em todos os territórios e em todos os países", disse por sua vez à AFP o conselheiro das Relações Exteriores da Catalunha, Bernat Solé.

A França, onde o coronavírus deixou mais de 30.000 mortos, observa nessas últimas semanas uma aceleração dos casos e o surgimento de novos focos da doença.

Para evitar uma segunda onda no país, que começou a relaxar as medidas de confinamento há cerca de dois meses, as autoridades francesas tornaram obrigatório, nesta segunda-feira, o uso de máscaras em locais públicos fechados.

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