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França gastou cerca de US$ 95 milhões na guerra no Mali

O custo diário, segundo as autoridades francesas, foi aproximadamente US$ 7 milhões


	Comboio de veículos franceses faz patrulha no Mali: os gastos mais elevados se referem ao transporte das tropas e aos materiais utilizados nas ações militares
 (Pascal Guyot/AFP)

Comboio de veículos franceses faz patrulha no Mali: os gastos mais elevados se referem ao transporte das tropas e aos materiais utilizados nas ações militares (Pascal Guyot/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2013 às 11h08.

Brasília – A intervenção militar da França no Mali (África), que começou no último dia 11, custou cerca de US$ 95 milhões. O custo diário, segundo as autoridades, foi aproximadamente US$ 7 milhões. Os gastos foram superiores às despesas com as ações armadas na Líbia (Norte da África) e no Afeganistão (Oriente Médio). O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, confirmou os dados.

Segundo as autoridades, os gastos mais elevados se referem ao transporte das tropas e aos materiais utilizados nas ações militares. A França deslocou cerca de 4 mil militares para o Mali e coordena a ação militar que conta com o apoio de tropas de vários países africanos. A estimativa é que em março a França inicie a retirada dos homens da região.

Os gastos foram aumentados também devido ao pagamento do chamado "bônus para os soldados em operação”. Na prática, a medida determinada que os salários sejam duplicados e até triplicados, conforme a situação.

O Mali, na África, faz fronteira com oito países e está entre os mais pobres da região. Dos cerca de 12 milhões de habitantes, mais da metade vive abaixo da linha da pobreza. Incertezas políticas e histórico de golpes de Estado fazem parte do cotidiano do Mali. Nos últimos anos, a instabilidade aumentou com a ação de grupos extremistas islâmicos que tentam combater o governo do país. No próximo dia 29, a União Africana (que reúne 52 nações) debate a crise no Mali.

Os grupos extremistas islâmicos, que representam três comandos distintos, ocupam o Norte do Mali, enquanto o governo tem o controle do Sul do país. A população se queixa da insegurança e das pressões por parte dos extremistas que aplicam a sharia, que é a aplicação dos preceitos islâmicos no cotidiano. Com informações da agência pública de notícias da Venezuela, AVN.

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