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França diz que avião da Air Algérie pode ter se chocado

Ministro de Relações Exteriores da França disse que o avião desaparecido provavelmente se chocou, e é procurado no norte do Mali

Avião da Air Algérie: caças franceses buscam rastros da aeronave (Louafi Larbi/Reuters)

Avião da Air Algérie: caças franceses buscam rastros da aeronave (Louafi Larbi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2014 às 13h44.

Paris - O ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, disse nesta quinta-feira que o voo da Air Algérie desaparecido a madrugada passada "provavelmente se chocou" e é procurado na região de Gao, no norte do Mali.

"Não foi encontrado nenhum vestígio do aparelho", declarou Fabius em um breve pronunciamento à imprensa na qual confirmou que havia 51 pessoas de nacionalidade francesa a bordo do voo da companhia Air Algérie, fretado pela espanhola Swiftair.

Dois caças franceses com base em Niamey estavam buscando hoje rastros da aeronave de Swiftair.

Explicou, ainda, que o MD-83 decolou de Ouagadogou pouco antes de 1h (GMT, 22h de ontem de Brasília), e perdeu o contato à 01h47, pouco depois que a tripulação anunciou que havia saído de sua rota "por razões meteorológicas".

"Caso seja confirmado o desastre, trata-se de uma grande tragédia que afeta nossa nação e muitas outras", ressaltou o chefe da diplomacia francesa, que foi convocado minutos depois a uma reunião pelo presidente francês, François Hollande, para tratar da crise.

Hollande atrasou sua saída para uma viagem à ilha da Reunião para manter esse encontro, para o qual além de Fabius estavam convocados o primeiro-ministro, Manuel Valls e as titulares de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Transportes, Frédéric Cuvillier.

O ministro das Relações Exteriores disse que o presidente "está ao lado das famílias afetadas pelo drama" e indicou que a secretária de Estado do Comércio Exterior e dos franceses do exterior, Fleur Pellerin, vai a viajar à capital de Burkina Fasso.

Cuvillier, que esteve supervisionando a célula de crise que se constituiu na direção geral da Aviação Civil da França, se mostrou cauteloso diante da imprensa sobre as possíveis pistas sobre o acidente: "não cabe a mim dá-las", já que "há investigações em andamento".

O titular de Transportes também se limitou a dizer que "há certos elementos explicativos" que poderiam sustentar tese como "uma falha técnica ou um problema meteorológico, mas é prematuro privilegiar uma dessas explicações".

O responsável francês de Transportes disse ter "informações precisas" sobre os destinos finais na França dos passageiros do avião desaparecido, razão pela qual foram criadas estruturas de amparo aos familiares que puderam ficar esperando nos aeroportos de Paris Charles de Gaulle, Marselha e Toulouse.

De fato, segundo fontes aeroportuárias francesas, 15 passageiros do avião da Air Algérie deviam fazer em Argel a conexão para outro voo em direção a Charles de Gaulle em Paris, e outros sete em direção a Marselha.

A célula de crise do Ministério de Exteriores da França para atender familiares já tratou mais de mil chamadas. Suas embaixadas em Argel, Ouagadogou e Bamaco abriram, em paralelo, serviços de assistência para familiares e próximos.

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