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França deve ser potência de equilíbrio e não alinhada com EUA, diz Macron

Presidente francês também disse que estamos vivendo "o fim da hegemonia ocidental no mundo" e que França deve permanecer como espectadora

"Não somos - acrescentou - uma potência que considera que os inimigos de nossos aliados também são nossos inimigos", disse o presidente francês (Johanna Geron/Reuters)

"Não somos - acrescentou - uma potência que considera que os inimigos de nossos aliados também são nossos inimigos", disse o presidente francês (Johanna Geron/Reuters)

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EFE

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 11h48.

Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 11h55.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, defendeu nesta terça-feira o papel de seu país como "potência de equilíbrio" com flexibilidade para adotar as próprias posições e não-alinhada com os Estados Unidos, um de seus principais aliados.

Macron fez essa comparação no pronunciamento habitual de volta das férias diante dos embaixadores franceses reunidos em Paris. "Não somos uma potência alinhada", embora os Estados Unidos sejam um aliado "importante".

"Não somos - acrescentou - uma potência que considera que os inimigos de nossos aliados também são nossos inimigos".

De acordo com Macron, esse papel de potência de equilíbrio ficou ilustrado com o envolvimento para encontrar uma solução à crise pelo programa nuclear iraniano mediante a chegada surpresa no domingo do chefe da diplomacia do país, Mohamad Javad Zarif, a Biarritz, onde era realizada a cúpula do G7.

O presidente francês considerou que estamos vivendo "o fim da hegemonia ocidental no mundo" e que nesta situação, se a França ficar como mera espectadora, "perderemos definitivamente o controle, ficaremos apagados" e "o mundo se estruturará em torno de dois grandes centros, Estados Unidos e China".

Por isso, reiterou a aposta por uma "soberania europeia" que deve incluir o Reino Unido, embora o país deixará a União Europeia.

Macron afirmou que europeus devem "ser mais capazes de defender as nossas fronteiras" frente a uma crise migratória "inédita" que começou em 2015. Isso passa, em primeiro lugar, por estabelecer "um mecanismo de desembarque sustentável" dos migrantes resgatados por embarcações humanitárias.

Além disso, é necessário completar com um "diálogo estruturado" com os países do sul do Mediterrâneo para prevenir as saídas, favorecer os retornos, combater o tráfico de seres humanos, abrir via de acesso para os solicitantes de asilo e "permitir aos que estão retidos na Líbia a voltar aos seus países".

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