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França detém 2 novos suspeitos por relação com atentado em Estrasburgo

Entre os detidos estão os pais do suspeito e dois de seus irmãos, presos na noite do atentado, assim como um amigo próximo

Estrasburgo: autoridades francesas prendem suspeitos de participação em atentado (Vincent Kessler/Reuters)

Estrasburgo: autoridades francesas prendem suspeitos de participação em atentado (Vincent Kessler/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 09h51.

Estrasburgo, França.- A França deteve nesta sexta-feira duas pessoas por relação com o atentado jihadista ocorrido em Estrasburgo na terça-feira, poucas horas depois que a polícia matou o suspeito Chérif Chekatt, o que eleva para 7 o número de detidos, informou o procurador responsável pela divisão antiterrorista, Rémy Heitz.

Em um breve comparecimento à imprensa, Heitz afirmou que a investigação agora se concentra em determinar se o suposto autor do ataque que causou a morte de pelo menos três pessoas teve cúmplices para cometer o massacre, que também teriam ajudado ele em sua fuga posterior.

Além das três vítimas mortais, o procurador explicou que uma pessoa teve morte cerebral e outra está em situação muito crítica, de um total de 12 feridos.

Entre os detidos estão os pais do suspeito e dois de seus irmãos, presos na noite do atentado, assim como um amigo próximo que está sob custódia desde a manhã de ontem.

As duas novas detenções aconteceram durante a última noite, segundo o procurador, que não deu detalhes sobre suas identidades.

Heitz contou que, desde o atentado de terça-feira no mercado natalino de Estrasburgo, as autoridades realizaram várias operações e interrogatórios para localizar Chekatt.

Além disso, as autoridades cogitaram a possibilidade de que o suspeito teria deixado a França e se refugiado em outro país, em particular a Alemanha. No entanto, o procurador indicou que os investigadores concentraram a maior parte de sua atenção no bairro de Neudorf, onde Chekatt cresceu, onde viviam seus pais e onde ele foi visto pela última vez na noite de terça-feira.

Foi nesse bairro que Chekatt foi deixado pelo taxista que ele rendeu momentos depois de cometer o ataque e, por isso, os investigadores mantiveram o local sob estreita vigilância.

Pela tarde, os agentes foram alertados da possível presença do suspeito, o que os levou a realizar controles no bairro durante horas, mas a operação não rendeu frutos.

Por volta das 19h30 locais (16h30 em Brasília), um morador do bairro voltou a alertar a polícia sobre a possível presença de Chekatt, o que fez com que uma patrulha se deslocasse até o bairro, com o apoio de um helicóptero equipado com câmeras térmicas.

No momento em que os agentes se aproximaram do suspeito, por volta das 21h (18h em Brasília), Chekatt disparou com uma arma "antiga", aparentemente a mesma que ele usou para cometer o massacre de terça-feira, indicou o procurador. Um dos disparos chegou a atingir a porta da viatura.

Os agentes responderam e mataram o suspeito, identificado em apenas cinco minutos por suas impressões digitais. Chekatt portava uma pistola carregada com seis balas, das quais disparou cinco, uma faca e outras oito balas de 8 milímetros. EFE

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