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França celebra 600º aniversário de nascimento de Joana D'Arc

A trajetória da jovem que irrompeu na Guerra dos 100 Anos sempre despertou interesse no cinema, na literatura, na arte e na política

Estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame de Paris: na França existem milhares de praças com esculturas dedicadas a ela (Wikimedia Commons/Divulgação)

Estátua de Joana d'Arc na Catedral de Notre-Dame de Paris: na França existem milhares de praças com esculturas dedicadas a ela (Wikimedia Commons/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2012 às 11h57.

Paris - A França celebra nesta sexta-feira o 600º aniversário de nascimento de Joana D'Arc, figura mítica de sua história militar e religiosa, a qual foi queimada no ano de 1431 e cuja trajetória sempre despertou interesse no cinema, na literatura, na arte e na política.

Desde o início do cinema até os dias de hoje, de Georges Mélies a Luc Besson, incluindo a clássica versão de Theodor Dreyer, as façanhas da jovem que morreu na fogueira acusada de heresia deram à sétima arte inúmeros filmes e sequências.

Mas, sem dúvida, há mais livros de história, de ficção ou esculturas, já que na França existem milhares de praças com suas correspondentes estátuas equestres. Trata-se de uma grande homenagem a jovem que irrompeu na Guerra dos 100 Anos, entre os reis da França e Inglaterra, e modificou o destino de seu país.

O nome de Joana D'Arc, morta sob as piores acusações e cuja inocência foi reabilitada pela Igreja em 1456, para ser canonizada pelo papa Bento XV, em 1920, é um dos mais utilizados nas ruas de todas as cidades francesas.

Na literatura - após ter sido retratada por variados autores, como Voltaire, Charles Péguy, Paul Claudel e Georges Bernanos, e coincidindo com este aniversário -, o mundo editorial volta a publicar várias obras sobre aquela guerreira medieval nascida em Domremy, um pequeno povoado do nordeste francês.

O acadêmico Philippe de Contamine, um grande especialista histórico, firma uma destas últimas publicações com 'Jeanne D'Arc. Histoire et Dictionnaire' (Joana D' Arc. História de Dicionário, em livre tradução).


Escrito em colaboração com Olivier Bouzy e Xavier Hélary, o livro é, além de uma compacta biografia da Donzela de Orleans, uma prospecção de suas diferentes reencarnações no cinema, na literatura, na ópera, no teatro e nas Belas Artes.

'São múltiplas as visões de uma mesma figura, seja inesperada, maravilhosa e dramática. É também um símbolo da identidade francesa', explicou à Agência Efe Contamine, que acompanhará o presidente francês, Nicolas Sarkozy, na homenagem solene que será realizada nesta sexta-feira em Domrémy-La-Pucelle.

Segundo o autor, essas representações fazem parte da personagem e constituem uma dimensão essencial da história de Joana D'Arc após sua morte. Isso porque, trata-se do único mito medieval francês universal.

'Há uma Joana D'Arc coreana, canadense... Depois, ainda observamos que sua personalidade é ainda mais extraordinária. É uma completa referência. Quando um povo está sendo invadido e uma mulher assume o protagonismo de sua defesa, ela é automaticamente batizada de Joana D'Arc', acrescentou o acadêmico.

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