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França aumenta vigilância em trens por ameaça terrorista

A preocupação aumentou desde que a imprensa afirmou que o tunisiano Anis Amri, suposto autor do atentado de Berlim, pode ter viajado pela França em sua fuga

França: a preocupação pela segurança nos trens aumentou desde o atentado de Berlim de 19 de dezembro (Alastair Miller/Bloomberg)

França: a preocupação pela segurança nos trens aumentou desde o atentado de Berlim de 19 de dezembro (Alastair Miller/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 24 de dezembro de 2016 às 09h09.

Paris - Cerca de 3 mil policiais patrulham durante as festas do Natal o interior dos trens na França, especialmente os de alta velocidade e os regionais de Paris, devido à ameaça jihadista.

Os detalhes do dispositivo foi revelado à rádio "Franceinfo" pelo secretário-geral da companhia ferroviária francesa SNCF encarregado de segurança, Stéphane Volant, que disse que o mesmo já está funcionando há semanas.

Segundo Volant, os policiais destacados dentro dos trens têm prerrogativas especiais, como revistar as malas, e estão apoiados por cachorros detectores de explosivos e de armas.

A preocupação pela segurança nos trens aumentou desde que a imprensa francesa afirmou que o tunisiano Anis Amri, suposto autor do atentado de Berlim de 19 de dezembro, pode ter viajado pela França em sua fuga antes de ser morto em Milão na madrugada do dia 23.

A França, o país europeu mais castigado pelo terrorismo nos dois últimos anos, mobiliza hoje e amanhã, Dia do Natal, pelo menos 91 mil soldados entre membros da Polícia, da Gendarmaria e do Exército para prevenir ataques, confirmou o ministro francês do Interior, Bruno Le Roux.

Le Roux também contou que o Ministério Público investiga a rota que o tunisiano pode ter usado e pediu "prudência" perante as informações que dizem que o suposto terrorista viajou de trem pela França durante sua fuga de Berlim.

Como consequência desse ataque, no qual Amri supostamente acabou com a vida de 12 pessoas após atropelá-las com um caminhão, os controles fronteiriços na França começaram a ser reforçados desde a tarde de sexta-feira, ressaltou o ministro, quem revelou que em 2016 foram desativados 77 projetos de atentados no país.

A extrema-direita aproveitou uma suposta estadia de Amri na França -a imprensa diz que esteve em Chambery (sudeste)- para criticar o governo socialista e pedir o restabelecimento das fronteiras.

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