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França adverte para risco de atentados com armas químicas

Valls se dirigiu aos deputados para pedir que aprovem o prolongamento do estado de emergência na França por três meses


	Terrorismo: "É uma guerra em que a frente de combate se desloca constantemente, e está no coração de nossa vida cotidiana"
 (João Bolan)

Terrorismo: "É uma guerra em que a frente de combate se desloca constantemente, e está no coração de nossa vida cotidiana" (João Bolan)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 07h46.

Paris .- O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, advertiu nesta quinta-feira para o "risco de armas químicas e bacteriológicas" serem usadas em futuros ataques terroristas.

"Atualmente não devemos excluir nada. Digo com todas as precauções que se impõem, mas sabemos e levamos em conta: pode haver risco de armas químicas e biológicas", disse o chefe do governo francês à Assembleia Nacional.

Valls se dirigiu aos deputados para pedir que aprovem o prolongamento do estado de emergência na França por três meses, proposta que depois deverá ser referendada pelo Senado.

"Estamos em guerra. Não em uma guerra à qual a história tragicamente nos acostumou. Uma nova guerra, exterior e interior, na qual o terror é o primeiro alvo e a primeira arma", acrescentou o primeiro-ministro, que enumerou os atentados que ocorreram na França no último ano.

Ele citou o ataque à revista "Charlie Hebdo" e a um supermercado judeu em janeiro, quando morreram 17 pessoas, os de sexta-feira em Paris, quando 129 pessoas foram mortas, e outras tentativas terroristas, como a ação em agosto contra um trem Thalys que viajava de Amsterdam a Paris.

"É uma guerra em que a frente de combate se desloca constantemente, e está no coração de nossa vida cotidiana", acrescentou Valls, que a descreveu como "uma guerra planificada e executada por um exército de criminosos".

O primeiro-ministro francês acrescentou que a "novidade é a forma de operar - a de atacar, de matar - que evolui sem parar", disse.

"A macabra imaginação dos que dão as ordens não tem limites: fuzil, decapitação, bombas humanas, armas brancas, ou tudo ao mesmo tempo, realizadas por indivíduos e comandos especialmente organizados", declarou Valls.

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