Juppé acrescentou que a intenção da coalizão não era matar Kadafi, "mas obrigá-lo a deixar o poder" (Franck Prevel/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2011 às 10h48.
Paris - O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, afirmou nesta sexta-feira que, após a morte de Muammar Kadafi, a França acredita que a operação militar da Otan na Líbia pode ser considerada 'finalizada'.
'Acho que se pode dizer que a operação militar terminou, que todo o território líbio está sob o controle do Conselho Nacional de Transição (CNT) e que, faltando alguma medida transitória nesta próxima semana, a operação da Otan chegou a seu fim', indicou o ministro.
Questionado pela emissora francesa 'Europe 1', Juppé acrescentou que a operação 'deve ser finalizada porque nosso objetivo de acompanhar as forças do Conselho na libertação de seu território foi possível'.
Para o titular da diplomacia francesa, que se encontra em viagem pela Índia, 'os líbios têm agora o destino em suas mãos e corresponde a eles decidir se a guerra civil acabou'.
Juppé acrescentou que a intenção da coalizão não era matar Kadafi, 'mas obrigá-lo a deixar o poder', e que correspondia ao CNT capturá-lo e julgá-lo.
'Não vamos derramar lágrimas por Kadafi, já que fora proposto em diversas ocasiões que pusesse fim às hostilidades', reconheceu o ministro.
O ministro acrescentou que a França e a coalizão ajudarão a Líbia nesta etapa de reconstrução, tanto em benefício do próprio país como da comunidade internacional, porque 'pode ser um fator de estabilidade na região'.
A Otan deve realizar a partir das 11h (horário de Brasília), em Bruxelas, uma reunião extraordinária para estudar o fim de sua operação militar na Líbia.