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França acredita que algum dos terroristas tinha cúmplices

O premiê francês também anunciou um reforço das medidas de segurança em sinagogas, escolas judaicas e mesquitas


	Manuel Valls: o premiê não quis dar mais detalhes porque "é preciso seguir pistas"
 (Bertrand Guay/AFP)

Manuel Valls: o premiê não quis dar mais detalhes porque "é preciso seguir pistas" (Bertrand Guay/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2015 às 06h44.

Paris - O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse nesta segunda-feira que os serviços de segurança acreditam que pelo menos um dos terroristas que agiram na semana passada tinha cúmplices, os quais estão sendo procurados, e anunciou um reforço das medidas de proteção em sinagogas, escolas judaicas e mesquitas.

"Consideramos que há possíveis cúmplices", afirmou em entrevista às emissoras "RMC" e "BFM TV". Valls não forneceu mais detalhes e argumentou que "é preciso seguir pistas".

O primeiro-ministro afirmou que o nível do plano antiterrorista Vigipirate não só vai ser mantido em seu máximo nível, até hoje nunca ativado, como serão desdobrados mais militares e forças da ordem para proteger sinagogas, escolas judias e mesquitas.

Sobre Hayat Boumedienne, companheira do terrorista Amedy Coulibaly, responsável pela tomada de reféns e morte de quatro pessoas em um supermercado judeu, Valls afirmou que ela "provavelmente está na Turquia ou na Síria".

Em relação aos 717 centros escolares judeus que há na França, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que estes locais contarão com a proteção de 4.700 policiais e gendarmes.

Além disso, um reforço do Plano Vigipirate prevê o desdobramento de seis mil militares a mais. Valls justificou a medida pois "os atos racistas e antissemitas aumentaram nos últimos anos".

Sobre a convite do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que os judeus da França se mudem para Israel, o chefe do governo francês respondeu que a "França sem os judeus da França não é França".

Valls se mostrou favorável a uma "associação plena com a oposição", em um marco multipartidário, para oferecer "uma resposta de grande firmeza" na luta antiterrorista.

O primeiro-ministro disse que um dos maiores desafios são as "1.400" pessoas vinculadas às redes jihadistas no Iraque e Síria, seja porque tenham se integrado a elas, participado do recrutamento ou por terem manifestado vontade de se associar.

Valls acrescentou, no entanto, que o perigo não se limita a esse fenômeno, já que o próprio Coulibaly não fazia parte destas redes, e tanto a Al Qaeda como o Estado Islâmico lançaram mensagens para que seus seguidores permaneçam em seus países para cometer atentados sem levantar suspeitas. 

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