Aviões da Lufthansa e Germanwings: relatório disse que o copiloto trancou o capitão para fora da cabine de comando e deliberadamente derrubou o avião (Patrick Stollarz/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2015 às 18h08.
Paris - Um promotor francês abriu formalmente nesta quinta-feira um inquérito criminal sobre a queda de um avião da Germanwings em março que matou 150 pessoas a fim de investigar se erros foram cometidos no monitoramento da saúde mental do copiloto.
Um relatório preliminar sobre a queda do Airbus A320 nos Alpes franceses disse que o copiloto Andreas Lubitz trancou o capitão para fora da cabine de comando e deliberadamente causou a colisão da aeronave com uma montanha.
O promotor de Marselha Brice Robin disse em uma entrevista coletiva em Paris que a investigação será liderada por uma junta de três juízes encarregados de determinar se erros foram cometidos na análise do estado mental de Lubitz.
Promotores encontraram provas de que Lubitz, que sofria de depressão severa, havia pesquisado métodos de suicídio e não revelou uma doença para seu empregador, levando executivos da indústria aérea a revisarem os processos de avaliação e licenciamento de pilotos.
Em maio, um relatório preliminar confirmou uma série de preparativos realizados por Lubitz antes do incidente.
A Comissão Europeia pediu para que a Agência Europeia de Segurança para Aviação avalie o relatório para então decidir se vai atualizar as regras de segurança para o setor.
Segundo o promotor francês, investigadores alemães confirmaram que Lubitz fez pesquisas on-line sobre drogas como o diazepam, sobre maneiras de se matar e sobre problemas de visão.